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Morte de Fidel abre especulações sobre futuro de Cuba

Publicado em 27/11/2016, às 07h35   Redação Bocão News


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Fidel morreu aos 90 anos, exatamente 60 depois de ter zarpado do México no iate Granma com 81 homens para derrotar a ditadura de Fulgencio Batista. Doente e afastado da política desde 2006, até as primeiras horas de sábado, ninguém sabia as circunstâncias de sua morte, apenas a vontade do líder de ser cremado. Suas cinzas percorrerão 13 das 15 províncias da ilha em uma caravana de cerca de mil quilômetros, que se estenderá por quatro dias e terminará com seu sepultamento, daqui a uma semana, na cidade de Santiago de Cuba, a 960 km de Havana.
Conforme matéria de O Globo, o comandante já não mandava, pelo menos não diretamente. Foi seu irmão, Raúl, o grande responsável pelas mudanças recentes no país, após a histórica reaproximação com os Estados Unidos, em 2014. Mas sua presença pairava de um extremo a outro da ilha, após mais de meio século de um governo controverso — amado por uns e odiado por outros. Em abril, após longo período ausente, reapareceu durante a sessão final do Congresso do Partido Comunista e, em um rápido discurso, falou sobre a própria morte:
— Em breve vou completar 90 anos, eu nunca teria pensado em tal ideia e nunca foi fruto de esforço. Talvez seja a última vez que falo nesta sala. A hora chega a todos, mas ficam as ideias dos comunistas cubanos, como prova de que neste planeta, se trabalharmos com fervor e dignidade, podemos produzir os bens materiais e culturais que os seres humanos necessitam. Devemos lutar sem trégua para obtê-los.

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