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Odebrecht detalha propina para alto comando do poder no Peru

Publicado em 02/08/2017, às 08h41   Redação BNews


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Revelações feitas pelos executivos Odebrecht em delação premiada no Peru atingem quase toda a cúpula política do país. Segundo o jornal O Globo, aparecem envolvidos na Lava-Jato o atual presidente, Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, sua vice, Mercedes Arioza, os ex-presidentes Ollanta Humala e Alejandro Toledo, e a candidata a presidente derrotada Keiko Fujimori
Segundo o jornal, os delatores entregam detalhes de um enredo de pagamentos de caixa dois feitos pelo Setor de Operações Estruturadas semelhante ao de seus adversários políticos, hoje também sob investigação. O caso com mais detalhes, entretanto, envolve bem mais do que caixa dois.
Ainda de acordo com a publicação, o ex-presidente Alejandro Toledo, hoje foragido nos Estados Unidos, já tem uma ordem de prisão expedida em decorrência da Lava-Jato, sob a acusação de ter negociado propina numa reunião no Rio de Janeiro. Os delatores afirmam que, em contrapartida por criar condições que permitissem a empresa ganhar a licitação da rodovia Interoceânica, que ligaria o Brasil ao Oceano Pacífico, Toledo recebeu de suborno US$ 20 milhões entre 2006 e 2008.
A propina teria sido depositada em contas de empresas do grupo empresarial Josef Maiman, um dos principais financiadores da campanha de Toledo.
Na delação, há ainda relatos de pagamentos de propina para que a Odebrecht conquistasse, além de dois trechos da Interoceânica, a linha um do metrô de Lima, o trecho no estado Callao da estrada Vía Costa Verde, uma estrada em Cusco, na região dos Andes, e outra no estrado Carhuaz.

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