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Comandante de navio que naufragou vai ficar em prisão domiciliar

Publicado em 18/01/2012, às 09h46   Redação Bocão News


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A Justiça italiana decidiu na noite de terça-feira (17) que Francesco Schettino, comandante do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na costa da ilha italiana de Giglio, na Toscana, ficará em prisão domiciliar. O acidente causou a morte de 11 pessoas e 23 ainda estão desaparecidas.

A decisão foi da juíza Valeria Montesarchio, do Tribunal de Grosseto. O procurador de Grosseto, Francesco Verusio, ordenou a prisão do comandante no sábado (14), temendo que ele fugisse ou dissimulasse provas. Schettino é acusado de homicídio culposo, naufrágio e abandono de navio.

Ontem, durante depoimento ao juiz encarregado das investigações preliminares, o comandante negou ter abandonado o navio durante a retirada dos passageiros e declarou "ter salvado milhares de vidas" ao fazer uma manobra para direcionar o navio rumo à costa. Ele também disse ter caído no mar, o que o impediu de estar a bordo para prestar socorro e organizar o salvamento.

No entanto, conversa gravada entre a Guarda Costeira e Schettino mostra que o comandante deixou a embarcação antes de retirar todos os passageiros. Ele também é acusado de ter demorado a ordenar a retirada das pessoas. Revoltada, a tripulação começou a operação, sem esperar que o comandante desse a ordem de abandono do navio. Fontes policiais indicaram que Francesco Schettini será submetido a análises para verificar se ele consumiu drogas na noite do naufrágio.

O navio Costa Concordia levava mais de 4,2 mil passageiros, sendo 53 brasileiros. 23 pessoas estão desaparecidas, a maioria de origem alemã. A empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio, acusou Schettino de fazer uma rota não autorizada, levando a embarcação a ficar mais próximo da costa do que deveria. Os passageiros que estavam no navio deram entrada em um processo judicial contra a empresa proprietária do Costa Concordia.

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