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Ex-banqueiro chinês é condenado à morte por corrupção e bigamia

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O anúncio foi feito nesta terça-feira (5) por um tribunal chinês   |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 05/01/2021, às 16h47   Redação BNews


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Uma decisão rara no mundo dos negócios, condenou um ex-banqueiro à morte na China por corrupção e bigamia. O anúncio foi feito nesta terça-feira (5) por um tribunal chinês.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, Lai Xiaomin, ex-chefe do banco estatal Huarong Asset Management, foi condenado por ter recebido quase 1,8 bilhão de yuans (R$ 1,47 bilhão) em subornos entre 2008 e 2018, quando também era regulador bancário, e por apropriação indébita de 25,1 milhões de yuans (R$ 20,5 milhões).

"Lai Xiaomin era sem lei e extremamente ganancioso. O dano social foi enorme e os crimes extremamente graves, e ele deve ser punido severamente de acordo com a lei", disse o tribunal de Tianjin, no norte do país, acrescentando que o ex-banqueiro tinha "claramente a intenção de cometer um crime".

Além de ter todos os bens confiscados, o ex-banqueiro foi condenado por bigamia por ter "vivido muito tempo com outras mulheres" fora do casamento. O executivo teve filhos considerados ilegítimos.

De acordo com a Folha, Lai fez uma transmissão pela TV estatal chinesa há um ano e fez questão de mostrar imagens de um apartamento em Pequim com armários cheios de maços de dinheiro. A TV também mostrou carros luxuosos e barras de ouro que o ex-banqueiro recebeu de suborno. 

Lai presidia o Huarong, um dos maiores bancos gestores de inadimplência na China, criado em 1999 pelo governo para limpar o setor bancário de dívidas consideradas incobráveis.

"O tratamento severo de Lai Xiaomin reflete a forte determinação do Comitê Central com o presidente Xi Jinping como o centro para administrar o Partido [Comunista] e sua tolerância zero na punição da corrupção", disse a instituição em nota após decisão da Justiça nesta terça-feira.


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