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Incêndio na estação brasileira na Antártida deixa baiano morto

Publicado em 26/02/2012, às 15h59   Redação Bocão News



Pelo menos um brasileiro morreu no incêndio ocorrido na madrugada deste sábado (25) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). A informação foi confirmada por um oficial. Os detalhes ainda estão sendo apurados pelo Comando da Marinha e pelo Ministério da Defesa. A identidade do brasileiro vítima do acidente ainda não é conhecida.

O acidente ocorreu na Praça de Máquinas, local onde ficam os geradores de energia, por volta das 2h (horário de Brasília), segundo nota da Marinha do Brasil. Um militar ficou ferido. Os integrantes do Grupo-Base (militares da Marinha responsáveis pela manutenção e operação da EACF) trabalham no combate ao incêndio.

Em nota divulgada no início da tarde de hoje, a Marinha se limita a informar que dois militares estão desaparecidos e que não há cientistas entre as vítimas. De acordo com o governo, os 30 cientistas, um alpinista que presta apoio às atividades de pesquisa e um representante do Ministério do Meio Ambiente que estavam na Estação no momento do acidente estão bem e já foram para Punta Arenas (Chile) ou estão em deslocamento para a cidade chilena. Antes, eles saíram da estação de helicóptero para a Base chilena Eduardo Frei. A Defesa trata o acidente como uma ocorrência gravíssima.

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) vai resgatar os militares e pesquisadores. De acordo com a FAB, o avião, um Hércules C-130, deve pousar em Punta Arenas à meia-noite deste domingo. A aeronave deve chegar ao Brasil por volta das 8h30, na Base Aérea do Galeão.

Pela internet, pesquisadores que estavam na estação relatam que o incêndio destruiu tudo na base brasileira e que houve explosão de nitrogênio. Yocie Yoneshigue Valentin, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), disse que soube, por pesquisadores que estavam no local, que o alarme não tocou no momento do acidente e que todos tiveram que sair às pressas, sem levar bagagem nem documentos.

"Perdemos equipamentos caríssimos, de US$ 120 mil. Acredito que esteja tudo carbonizado. No verão, ficam cerca de 60 pessoas trabalhando lá, entre pesquisadores, militares e o pessoal do arsenal de Marinha", disse Yocie, acrescentando que todos os pesquisadores estão bem e vão voltar ao Brasil em um avião da FAB.

Informações O Globo

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