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Embaixador do Irã chega nesta terça à Bahia

Imagem Embaixador do Irã chega nesta terça à Bahia
Mohammad cumpre extensa agenda na capital do estado a convite do jornalista Valter Xéu  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/04/2012, às 15h39   Redação Bocão News



O embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeg Ezabadi, desembarca em Salvador na noite desta terça-feira (17) onde se reúne com secretários estaduais, municipais, além de ministrar palestras e atender à imprensa. A iniciativa é do jornalista Valter Xéu e em homenagem aos 10 anos do site Pátria Latina e do recém lançado Iran News.

Ezabadi aproveita a vista para alertar aos baianos de que as notícias que são divulgadas sobre o Irã “são tão escuras que às vezes escondem o país. Somos um país com 70 milhões de habitantes, um dos criadores de uma das três civilizações mundiais” fala o embaixador. O Irã é um país que há 33 anos a população fez uma revolução com o objetivo de não servir aos poderosos e grandes potências.

De acordo com Ezabadi, esse foi o caminho escolhido por eles para avançarem e conquistarem espaço e desenvolvimento. Pelos dados das instituições internacionais, sobre atividades científicas no mundo, o Irã registrou grande média em nível mundial. Em estudos de nanotecnologia ficaram em 12º lugar no mundo, células tronco 6º país, e são o único país islâmico que conseguiu lançar um satélite para órbita.

Criaram boas condições para a população em diversos níveis, e a educação se tornou prioridade no país. O nível da população estudantil era de 150 mil, e hoje depois da revolução é de quatro milhões de estudantes universitários. Não era permitido estudar eletrônica e física nuclear, e até campos específicos da medicina, mas hoje podem criar e educar doutorados da física atômica.

Apesar da propaganda contra o programa nuclear iraniano, Ezabadi ressalta que o estudo nunca foi direcionado para fins que não sejam pacíficos. “A história mostra que países que produziam 10 mil bombas atômicas tiveram colapso e não conseguiram avançar”. O embaixador destaca que o poder deles atual e a vontade política e científica é para o desenvolvimento do país.

“Essa determinação é mais forte que mil bombas atômicas. Paralelamente, enfatizo que não existe doutrina iraniana para fabricar bombas atômicas. Quem tem uma noção sobre as doutrinas, sabe que há um decreto de nossos líderes proibindo o uso e produção atômica”, conta o embaixador em seu discurso.

Hoje as mulheres iranianas estão presentes em diversos campos sociais, sendo 67% da população estudantil composta por mulheres. Elas estão em campos diferentes das universidades, atuando como membros do parlamento a motoristas de ônibus. Mas ainda assim são acusados pela mídia ocidental de não respeitarem os direitos das mulheres.

O embaixador vê no Brasil um potencial parceiro, por terem bons laços de relação e para além dos campos políticos e econômicos, atuarem no campo do petróleo, segundo ele, os dois países podem estabelecer e aumentar sua relação de contatos.

“A invasão do Iraque e problemas no Afeganistão, a presença americana nesses territórios tem a ver com o petróleo. O uso excessivo desse produto motiva os EUA e outros países a querer dominar o mundo e seus recursos. O Irã é o segundo país do mundo em gás natural e primeiro em petróleo, e somos o primeiro em nível de hidrocarbonetos. Haverá uma grande repercussão no mundo se conseguimos juntar esses recursos e tecnologias com o Brasil”, conclui.

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