Publicado em 08/12/2010, às 18h17 Redação Bocão News
Numa possível represália às ações da Mastercard e do banco suíço Postfinance para sufocar financeiramente o site WikiLeaks, hackers assumiram a autoria dos ataques contra os sites das duas empresas. O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, acusado de estupro de duas suecas, se entregou nesta terça-feira (7) em Londres e, após se apresentar a um juiz na capital britânica, foi encaminhado à prisão onde deve permanecer até, pelo menos, o dia 14.
Ao revelar documentos confidenciais de embaixadas americanas divulgando detalhes de bastidores das relações internacionais colocando personalidades políticas do mundo em tremendas “saias justas”, o WikiLeaks provocou a ira de governos no mundo inteiro que reclamaram das situações constrangedoras. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, foi uma delas.
Depois que o site começou a pedir doações on-line para continuar suas atividades, as operadoras de cartão de crédito Mastercard e Visa anunciaram a suspensão dos pagamentos feitos ao WikiLeakes.
Um grupo de hackers que se apresenta como Anon_Operation informou em uma mensagem no Twitter que "o www.mastercard.com está derrubado", mas a Mastercard negou a comentar o assunto.
O grupo alega estar lutando pela "liberdade na internet" e contra a censura, e afirma que o site mastercard.com é seu "atual alvo".
O PostFinance, braço bancário do correio suíço, confirmou nesta quarta-feira que seu site vinha sofrendo "ataques de negação de serviço" desde que encerrou a conta de Julian Assange, na segunda-feira (6). O banco argumentou que Assange havia fornecido um endereço falso em seu cadastro.
Há também informações de que hackers tenham atacado o site e o e-mail da advogada que representa as duas mulheres suecas que acusam Assange. Há suspeitas de que o mesmo grupo tenha atacado o site da promotoria sueca, que ficou fechado nesta terça-feira, mas voltou a funcionar hoje.
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