Advogados que representam a Suécia perante a Justiça britânica no processo de extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, 39, anunciaram que irão recorrer da decisão do juiz britânico Howard Riddle do tribunal de primeira instância de Westminster, determinou nesta terça-feira (14) a libertação provisória Assange sob fiança.
As autoridades suecas, que pediram sua extradição, podem apelar da decisão desta terça-feira nas próximas horas. Os advogados disseram que irão apelar para tentar reverter a decisão.
Ele está preso em Londres há uma semana devido a uma ordem internacional de captura emitida pela Suécia, onde é acusado de estupro e abuso sexual. Assange se entregou à polícia britânica em 7 de dezembro e está na prisão londrina de Wandsworth. Nos últimos cinco dias ele ficou em uma cela isolada dos outros presos.
A libertação foi condicionada ao pagamento de fiança de 240 mil libras (282 mil euros). O australiano, será monitorado eletronicamente e terá de cumprir um toque de recolher até a próxima audiência, marcada para 11 de janeiro de 2011.
Ao ser anunciada a decisão da justiça, Julian Assange levantou o polegar em direção a seus advogados.
A advogada do Estado sueco, que acusa Assange por um suposto caso de crimes sexuais, Gemma Lindfield, anunciou no fim da tarde ao juiz de primeira instância de Westminster a intenção de entrar com um recurso, que deve ser examinado pela justiça em um prazo de 48 horas.
Um dos advogados de Assange, Mark Stephens, havia dito inicialmente à imprensa, reunida na porta do tribunal, que a Suécia não iria recorrer da decisão a favor do australiano, explicando depois que houve uma "confusão nas mensagens" e que as partes serão novamente convocadas ao tribunal.
O fundador do WikiLeaks, um site que revela desde o final de novembro documentos secretos da diplomacia americana, não foi, no entanto, liberado imediatamente.
