Brasil apresenta queda inédita na produção científica global

Em 2022, no Brasil, foram publicados apenas 74.570 estudos, contra 80.499 em 2021, o que representa uma queda inédita de 7,4% na produção científica. Apesar de os brasileiros não terem sido os únicos afetados pela redução de análises em centros de pesquisa, segundo a base de dados Scopus/Elsevier, o país foi o que sofreu a mais elevada queda percentual de produção científica, juntamente com a Ucrânia, que está em guerra.

Esta avaliação, realizada em 51 países, constatou que todos os grandes centros de pesquisa do território brasileiro foram impactados, a exemplo da USP e da UFRJ.

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De acordo com a investigação, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi o órgão que apresentou maior queda, ocasionando um encolhimento de 13,7%, em 2022, nas ciências agrárias.

Vale salientar que o segmento menos prejudicado foi a das ciências sociais, que reduziu 0,8%. E outro ponto merece destaque: não houve aumento produtivo em nenhum campo das ciências científicas.

Tais dados são resultantes da pandemia de Covid-19 de 2020, apontam pesquisadores mundiais, no relatório da Elsevier em parceria com a Agência Bori de comunicação científica, publicado ontem (24).

O documento explica que os reflexos maiores se mostram agora em função do grande intervalo que projetos de pesquisa costumam ter entre a realização, redação e publicação.

Entretanto, a média global da produção científica, alcançou um crescimento de 6%, tendo como grandes responsáveis a China e a Índia. E, mesmo com a desaceleração das pesquisas científicas nacionais, o Brasil continua o 14º país de maior produção global de estudos, segundo a métrica dos artigos publicados.

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