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"Pensava que não tinha mais saída", diz brasileiro sequestrado no Equador

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Thiago Allan Freitas foi sequestrado enquanto andava de carro e agredido por criminosos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 15/01/2024, às 06h20   Folhapress


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O brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que estava em poder de sequestradores em Guayaquil, no Equador, disse que durante o cativeiro achou que "não tinha mais saída". Ele foi libertado pela polícia na última quarta-feira (10).

Libertado na última quarta (10), Thiago Freitas contou que foi agredido pelos criminosos. O brasileiro disse que foi sequestrado enquanto andava de carro. "Eles falavam que faziam parte de uma gangue chamada 'Los Lobos'. Me bateram muito no começo", revelou ao programa Fantástico, da TV Globo.

Cativeiro era uma casa pequena com sala, cozinha e banheiro. Ele disse que ficou vendado e com mãos e pés amarrados. "Eu pensava que não tinha mais saída, ainda mais com tudo que estava acontecendo nesse dia. Estavam matando com muita facilidade", lembrou.

Brasileiro fazia o que os sequestradores pediam. "Eles mandavam eu gravar os vídeos pedindo dinheiro, cada vez mais, dizendo que eu estava sendo bem tratado, mas na verdade, não estava".

Thiago diz que sente que recebeu uma segunda chance para viver. "No momento do cativeiro, eu não chorei em nenhum momento, mas na libertação, sim. Me veio tudo de uma vez".

Ele falou que pretende enviar os três filhos ao Brasil. "Acho que vou em seguida, se eu decidir de uma vez, vamos todos juntos".

Thiago vive há cerca de três anos no país. Ele é natural de São Paulo. No Equador, o brasileiro tem uma empresa de churrasco.

SEQUESTRO OCORREU EM MEIO À ONDA DE VIOLÊNCIA

Família chegou a enviar valores para sequestradores. Gustavo, filho de Thiago, disse que os criminosos pediam US$ 3.000 (R$ 14.720) para a soltura do pai. A família chegou a enviar pelo menos US$ 1.100 (cerca de R$ 5.400), relatou Gustavo.

Equador está sob estado de conflito armado interno contra grupos criminosos. O decreto assinado no dia 9 pelo presidente do Equador, Daniel Noboa, mira 22 grupos facções internacionais chamadas de "terroristas" pelas autoridades do país.

Crise de segurança que se agravou esta semana com o ataque a uma emissora de televisão. Também foram explosões repentinas em várias cidades e sequestro de agentes da polícia. Os grupos armados aparentemente estão reagindo aos planos de Noboa para enfrentar a situação calamitosa de segurança, segundo o governo.

A polícia e as Forças Armadas continuaram realizando operações em todo o país. Mais de mil pessoas foram presas desde que o estado de emergência foi decretado na segunda-feira, disse o governo.

Reféns foram libertados. Todos os funcionários penitenciários que eram mantidos reféns por presidiários no Equador em meio a um surto de violência no país foram libertados na noite de sábado. Os reféns, ao todo 158 guardas e 20 funcionários administrativos eram mantidos reféns desde segunda-feira passada em pelo menos sete prisões.

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