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Rússia confirma que usou mísseis hipersônicos na Ucrânia

Imagens de satélite mostram Mariupol destruída - Imagem de satélite/Maxar Technologies
Mísseis hipersônicos podem viajar em uma trajetória muito mais baixa do que os mísseis balísticos de alto arco, que podem ser facilmente detectáveis  |   Bnews - Divulgação Imagens de satélite mostram Mariupol destruída - Imagem de satélite/Maxar Technologies

Publicado em 19/03/2022, às 15h05   Redação BNews


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O 24º dia da guerra na Ucrânia foi marcado por novos ataques a Kiev, Mariupol e Lviv e com a confirmação da Rússia de que foram usados mísseis hipersônicos no país vizinho pela primeira vez no conflito.

Segundo nota divulgada neste sábado (19) pelo Ministério russo da Defesa, repercutida pela agência estatal Tass, os militares usaram o míssil Kinjal, um dispositivo ar-terra para destruir um depósito de armas subterrâneo. Não foram dados mais detalhes de que cidade foi alvo desse tipo de equipamento militar.

“Em 18 de março, o sistema de mísseis de aviação Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipersônicos destruiu um grande depósito subterrâneo de mísseis e munição de aviação das tropas ucranianas na vila de Delyatin, região de Ivano-Frankivsk”, disse o ministério. 

Autoridades dos Estados Unidos confirmaram à CNN que a Rússia lançou mísseis hipersônicos contra a Ucrânia na semana passada, o primeiro uso conhecido de tais mísseis em combate. Os EUA conseguiram rastrear os lançamentos em tempo real, disseram as fontes. Esta foi a primeira vez que os russos utilizaram esse tipo de armamento.

Os lançamentos provavelmente visavam testar as armas e enviar uma mensagem ao Ocidente sobre as capacidades russas, disseram várias fontes.

O ministério já havia feito alegações de que o míssil altamente manobrável, que viaja mais rápido que a velocidade do som, é incomparável em potência quando acoplado a seus caças MiG-31.

Os mísseis hipersônicos podem viajar em uma trajetória muito mais baixa do que os mísseis balísticos de alto arco, que podem ser facilmente detectáveis. Os hipersônicos também podem manobrar e evitar sistemas de defesa antimísseis.

Em seu discurso anual de 2018 ao parlamento da Rússia, o presidente Vladimir Putin disse que a Rússia desenvolveu um míssil “invencível” que poderia lançar uma ogiva em velocidade hipersônica. O governo ucraniano ainda não se pronunciou sobre o ataque.

O Pentágono fez do desenvolvimento de armas hipersônicas uma de suas principais prioridades, principalmente porque a China e a Rússia estão trabalhando para desenvolver suas próprias versões.

Leia também:Rússia ataca a Ucrânia com míssil hipersônico pela primeira vez

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