Na Sombra do Poder: Fã rouba beijo de Neto e secretário estadual pula a cerca

O secretário de Saúde, Fábio Villas Boas, não quis desgrudar do governador Rui Costa na estreia de ambos em seus respectivos cargos nos festejos pelo 2 de Julho. O grude era tamanho que o médico teve que receber esporro de um dos vários seguranças de Rui. "Secretário, ande logo porque desse jeito o senhor está me atrapalhando", dizia o segurança que perdeu o patrão de vista.

A truculência dos seguranças do governador e do prefeito com o povo é cada vez pior. Cada ano que passa a reclamação aumenta. Jornalistas, mais uma vez, tiveram dificuldade de acesso às fontes principais da festa. A comitiva de ACM Neto foi mais arisca do que a do governador que, a qualquer reclamação, fazia questão de pedir desculpas.

Mas não foram só flores na comitiva do prefeito. Logo na saída do desfile, o empurra-empurra foi tanto que até o prefeito ACM Neto catou ficha. O cordão humano de segurança ao redor do gestor municipal não foi suficiente para blindá-lo da confusão. Mas Neto não perdeu o rebolado. Catou ficha, cambaleou, mas quando recuperou o equilíbrio continuou bem na posição de pop star, acenando para os fãs nas sacadas das janelas.

Se parte das fãs se contentou em acenar e gritar o nome do prefeito das sacadas, outra preferia o corpo a corpo. Mais um vacilo da equipe de segurança e o prefeito ACM Neto ganhou um beijo no pescoço, acompanhado de um cheiro no cangote de uma das populares. O melhor foi o semblante do prefeito com o efusivo carinho recebido, que foi registrado pelas lentes do Bocão News.

A personificação da figura da vice-prefeituraem ACM Neto não parece ser Célia Sacramento, mas o chefe de Gabinete, João Roma. O braço direito do prefeito se faz mais presente nos atos políticos que a própria Célia Sacramento. A verde, inclusive, quase foi barrada nas festividades ao 2 de Julho.

A família J. Carlos não deu as caras durante o 2 de Julho. As más línguas disseram que, acostumados com os mais de 20 anos de trajetória petista, ainda precisam de mais algum tempo para se acostumar em fazer o trajeto da Lapinha à Praça Municipal com o grupo carlista. As boas línguas dizem que eles estão focando nos preparativos para o encontro que vão ter com o prefeito, em Plataforma, na próxima sexta-feira (10).

Que as Casas Legislativas possuem regimento interno, todo mundo sabe. Mas, na Assembleia da Bahia parece que o próprio presidente tem o seu. E todos seguem à risca. Na última sessão, nesta quarta-feira (1º), os parlamentares se embolaram com os artigos do documento. Adolfo Viana questionou um deles a Marcelo Nilo e disse: "pergunte aí no regimento interno". Nilo respondeu: "não vou perguntar nada a ninguém. Segue a sessão". Viana ficou ‘batido’.

O deputado estadual Alan Sanches (PSD) está tão indignado com o gelo que está levando do governo do Estado que tem apelado ao filho, o vereador Duda Sanches (PSD). Na verdade, indiretamente, está pedindo ao prefeito de Salvador ACM Neto. O deputado tem solicitado ao prefeito as demandas que não consegue com o governo. E tem encontrado abrigo. Cada dia mais perto da oposição.

Segundo a Lei de Murphy, nada está tão ruim que não possa piorar. Um secretário do Estado, apontado por não dar ouvidos aos deputados e com a imagem desgastada no governo Rui, também teve que enfrentar as acusações dentro de casa. Na última semana, hóspedes de um conhecido hotel, no sul da Bahia, tiveram uma distração à parte no feriadão. Gritos que ecoavam de um dos quartos e o titular da pasta era o protagonista. A coadjuvante era uma suposta amante, que irritou a esposa do secretário ao escrever no WhatsApp do político mensagens para lá de comprometedoras.

A mulher do secretário gritava para quem quisesse ouvir: "Eu vou encher a cara de Camila de porrada. Vou contar para todo mundo que você não preserva a sua família e vou procurar a imprensa", disparou, já sendo interpelada por um amigo, juiz, também hóspede, que pedia calma. "Não quero saber. Acabou. Não vou dividir meu patrimônio com ninguém”. A confusão chamou a atenção dos funcionários do hotel que interfonaram pedindo silêncio após reclamações. O secretário, acuado e falando baixinho para que a situação não ficasse pior, foi embora do local. Apenas com o celular e uma pasta, o escolhido de Rui saiu de fininho sob os olhos e ouvidos dos hóspedes que se perguntavam: "você conhece ele?"...na dúvida e sem arriscar adivinhações, um deles soltou a certeza: "este aí de relação pessoal tá bem mal".

Há quem diga que o terceiro secretário a cair na gestão de Rui Costa será o da pasta de Turismo, Nelson Pelegrino (PT). Mesmo com pedidos para que o secretário de Relações Institucionais também entre na reforma administrativa, há quem diga de Josias Gomes não cai de jeito nenhum. Ele tem um plano: conquistar o Senado Federal no próximo pleito. Quem também quer receber o apoio do governo do Estado para o Senado Federal é o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT). Apesar de atirar para todos os lados, Nilo pensa mesmo em ser senador por seu estado.

E a nota da coluna anterior, da Galha Rosa da Câmara de Vereadores, deu o que falar durante todo o recesso junino. Na volta dos trabalhos do Legislativo, essa semana, o assunto não era outro. Nos corredores da Casa só se ouvia as apostas para saber quem é o vereador que pegou a esposa com a boca na botija com outra mulher. Um impresso com a nota circulou nas mãos de alguns parlamentares municipais. É sabido que dentro do plenário alguns colegas do "chifrudo" tentavam adivinhar quem era.

O discurso da vereadora Kátia Alves (DEM), no plenário da Câmara de Vereadores, essa semana, fez os petistas pegarem ar. Em certo momento, ao se refirir a "prostituição da política" do PT, a edil municipal voltou atrás e afirmou que não usaria mais esse termo ao se referir ao Partidos dos Trabalhadores para que as prostitutas não ficassem ofendidas. Ficou um climão no ar.

Após polêmicas declarações que irritaram os vereadores de Salvador, o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, marcou presença na homenagem aos heróis da independência promovida pela Câmara Municipal. Apesar de todas as partes afirmarem que o mal estar já passou, no evento foi notado um certo desconforto nos cumprimentos. O sorriso amarelo de Fernando Guerreiro não passou despercebido.

Quem comemorou idade nova na Câmara foi o vereador Pedrinho Pepê (PMDB), o rei do Cabula VI "setentou", como brincaram alguns colegas. Indagado pela equipe do Bocão News se tentaria os próximos pleitos para vereador e completar, pelo menos os 74 na Casa, o peemedebista foi além: "se Valdir Pires tá aqui com mais de 80 anos, quero chegar aos 90 vereador", brincou.

E a síndrome de Léo Prates (DEM) de discursar gritando no plenário da Câmara de Salvador tem contagiado outros legisladores municipais. Antonio Mário (PSB) mesmo... É pegar ar sobre algum assunto, que tem gente que segura o tímpanos. Dos corredores da Casa, só se vê gente correndo para o plenário achando que o mundo tá se acabando lá dentro.

O vereador socialista de oposição, que já foi criticado por participar de eventos do prefeito ACM Neto (DEM), no evento em que foi sancionada a Lei da Outorga Onerosa, preferiu não se expor tanto. Chegou ao lado do vereador J. Carlos Filho (PT) para o evento, mas não deu as caras no evento principal. Quis mostrar que estava presente com o grupo, mas ficou escondido, na moita, dentro do gabinete do secretário municipal de Relações Institucionais, vereador licenciado Heber Santana (PSC). 

"Já nasceu morta". Assim alguns vereadores se referiram a criação do novo bloco "independente", mas que vota com o prefeito ACM Neto (DEM), na Câmara de Vereadores e é liderado pelo vereador Isnard Araújo (PR). Alguns mais experientes foram além e confidenciaram ao Bocão News que em dois tempos, em uma só ligação do prefeito a alguns desses edis, "o bloco viraria pó em dois tempos". Xiiiii...

Os políticos baianos têm evitado falar sobre a prisão do empresário Marcelo Odebrecht, preso no dia 19 de junho. Muitos deles foram financiados diretamente pela Braskem, empresa controlada pela Organização Odebrecht, ou receberam repasses das campanhas majoritárias e não querem perder a “boquinha”.