Na Sombra do Poder: O Gordinho e a Patricinha

O Gordinho e a Patricinha
Chamaram a atenção de todos neste carnaval, um famoso gordinho local, acostumado a mexer com licitações nada republicanas e operações de crédito, desfilando com uma famosa "patricinha" da cidade pelo Camarote Salvador. A dupla foi todos os dias e fazia questão de tirar inúmeras fotos com amigos e políticos conhecidos. A dúvida que paira no ar é que a moça até o réveillon estava casadíssima com um advogado badalado da terrinha e, do nada, aparece na balada com o gordinho bochecha rosa. Vai entender...

Carnaval do amor
Que nos circuitos do Carnaval de Salvador acontecem muitos beijos, abraços, reconciliações e distribuição de amor, todo mundo já sabe. Mas o que chamou atenção mesmo foi o clima amistoso entre os adversários políticos. Jerônimo e Bruno trocaram abraços apertados e teve até socialista defensora aguerrida do PT trocando beijos (no rosto) com aliados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Não temos dúvidas que foi o carnaval do amor. 

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Carnaval do horror
Se o clima na abertura do carnaval foi de total amor, o mesmo não pode ser dito no decorrer da festa. Trio quebrado, atraso, confusão, chuva, agonia e os gestores da cidade vivendo dias de horror. Apesar de justificarem, ficou nítido a impaciência de Bruno Reis e Jerônimo Rodrigues ao comentarem sobre as intercorrências. Carnaval é isso, né? Amor para alguns e horror para outros.

Elmar Folia × Esquenta do Diego

Um preparou uma “comitiva” de deputados para “bombar” nos camarotes do carnaval de Salvador, o outro preferiu apostar na qualidade do que na quantidade. Assim podemos definir como foi o “Elmar Folia” e o “Esquenta do Diogo”. Com trajes esportivos, músicas e bebidas, os encontros chamaram atenção da mídia, sobretudo pela intenção dos organizadores: mostrar quem tem mais força na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Dizem as más línguas que teve deputado que prometeu demais e entregou pouco. Foi macetado pelo grupo adversário e vai chegar em Brasília, literalmente, de perna bamba. Tá pensando que é fácil, moço?

Rega-bofe e nada mais
O governador Jerônimo Rodrigues, no sábado de Carnaval, enquanto esperava o Ilê sair, revelou que o rega-bofe oferecido para recepcionar Arthur Lira, Elmar Nascimento e Cia Ltda não teve nenhum assunto importante. Foi somente um gesto de hospitalidade regado a feijoada, sarapatel e acarajé - palavras do governador. "Conversamos bastante, mas nada que resolvesse a vida política do Brasil", disse o atual morador do Palácio de Ondina. A pergunta que fica: quem paga a conta dos comes e bebes?

Neutro só sabão?
Aliás, o que também não é nada fácil é a construção política. Enquanto, de um lado, Bruno Reis declarou aos quatro cantos o apoio incondicional ao correligionário Elmar Nascimento, Antônio Brito não recebeu o mesmo do governador Jerônimo Rodrigues, que preferiu apostar na tão julgada “neutralidade” usada por um ex-prefeito nas últimas eleições. O governador justificou, mas a turma do PSD não entendeu muito bem. Aguardam um posicionamento mais incisivo do chefe do Executivo.

Calma, Olívia
Quem tava retada nesse carnaval foi Olívia Santana. Conhecida por seus discursos diretos e certeiros, a comunista não conseguiu disfarçar, aliás também não fez questão, as insatisfações com o seu grupo político. Alegando compromisso, ela saiu do Ilê antes mesmo do governador chegar e nem fez questão de posar para fotos com os coleguinhas na Mudança do Garcia. Carreira solo é o nome dela?

‘Colada’ em Geraldinho
Muito tem se falado sobre o fato de a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, ter passado a viver ‘colada’ no vice-governador e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior. A cena se repetiu na tradicional Mudança do Garcia. Não é novidade que ela é uma das mais cotadas para ser a vice do emedebista, apesar da confirmação ainda não existir. Mas, aqui pra nós, que é sugestivo é. Seria zero novidade ela ser anunciada como a vice amanhã. Aguardemos cenas do próximo episódio.

O susto de Fabya
Aliás, quem a NSP tem certeza de que não é carreira solo é Fabya Reis. Sempre colada com Geraldo Júnior, a secretária se assustou quando a repórter do BNews perguntou se a intensificação das agendas e fotos em dupla já seria o indício da formação de chapa. Assista:

TCM vem aí?
Quem aproveitou o barulho do carnaval para alinhar e colocar o papo em dia foi o chefe de gabinete do governador, Adolpho Loyola, e o candidatíssimo à vaga do TCM, deputado Fabrício Falcão. O BNews flagrou os dois conversando de pé de orelha, enquanto todos os holofotes estavam virados para a avenida. Será que a pauta foi o TCM?

Descaracterização da Mudança do Garcia
A opinião de políticos e foliões sobre a Mudança do Garcia ainda não é unanimidade, mas pode se tornar um dia. Isso porque muitos têm compartilhado da mesma afirmação: o evento foi descaracterizado. Um dos momentos mais tradicionais do Carnaval de Salvador, a Mudança passou a ser criticada devido à adição dos trios ao circuito, o que não era muito comum antes, apesar de já ter um aqui e acolá.  Outro fator que é alvo de críticas é o fato de o local não conseguir comportar tão bem quanto antes os foliões. “Tá muito cheio”, “Antes não era assim” e “Virou modinha” foram alguns dos comentários proferidos por algumas pessoas que foram ao evento.

Promoter 1
Com lágrimas nos olhos, Bruno Reis hablou. Para o prefeito de Salvador, o seu maior legado foi o “renascimento” do carnaval do Centro. Ele ficou tão animado que, mal acabou o carnaval, já anunciou mais uma festa. Dessa vez, para celebrar o aniversário da capital baiana.

Promoter 2
No sábado de carnaval, havia a expectativa de que o prefeito fosse à ladeira do Curuzu para acompanhar a saída do Ilê Aiyê. As presenças dos secretários Pedro Tourinho e Fernanda Lordelo e o projeto “Salvador Capital Afro”, da gestão Kings, reforçaram as “esperanças” de uma eventual ida do Pivete do Calabar ao local. No entanto, o prefeito capoeirista mostrou que a esquiva está em dia e não compareceu ao evento. E, talvez, a decisão tenha sido acertada. O público que foi ao local falava em alto e bom tom que Reis estaria mais para um promotor de eventos do que para prefeito, devido ao grande número de shows e festas em sua gestão. Promoter ou não, Bruno Reis pode ter evitado, em ano eleitoral, receber vaias dos presentes na saída do Ilê, como aconteceu com seu antecessor em 2017. Desde então, o titular do Palácio Thomé de Souza não vai ao Curuzu no sábado de carnaval.

O Onipresente
As eleições estão cada vez mais perto e tem um certo político que não perde uma oportunidade de aparecer. Boatos até de que ele consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo. Com sorriso no rosto e abraços, o tal de Salvador não aguenta ver um flash e pegar o microfone para contar sua história. Quanto tempo vai durar esse personagem ? Aguardando as próximas cenas.

O sumiço de Rui
Alguém teve notícias do ministro Rui Costa na folia?

Casal 20
Um certo casal político que malmente era visto posando juntos, agora não perde uma oportunidade de demonstrar afeto em frente às câmeras. Inclusive há uma possibilidade de um deles concorrer a um grande cargo político. Será que é por isso?

Apocalipse político
O Carnaval de 2024 pode ficar marcado pela treta entre apocalípticos - partidários da cantora-pastora Baby do Brasil - e de macetadores - adeptos da escrachada Ivete Sangalo. Mas a celeuma não ficou somente no campo religioso. A deputada federal Lídice da Mata (PSB) foi ao Twitter e disse que o apocalipse ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro; a socialista tirou a discussão da mera esfera cristã. Mas, a questão é: Baby é bolsonarista? Em 2019, ela chegou a dizer que temeu pela democracia após a eleição de Bolsonaro; nas mesmas entrevistas, disse que o medo arrefeceu após ver que o ex-presidente era um "homem de Deus". Mas Baby foi abraçada pelo bolsonarismo: nesta terça-feira de Carnaval, Michelle Bolsonaro declarou que também crê no apocalipse, assim como a ex-Nova Baiana.

A birra do Carnaval
Uma das grandes polêmicas do carnaval deste ano (a primeira certamente) foi a montagem de uma passarela para que os ambulantes que atuam no trecho calçadão da Barra pudessem trabalhar. E a demora dos órgãos de fiscalização da estrutura incomodou (e muito) alguns integrantes da atual gestão que comanda a Prefeitura de Salvador. As avaliações vão desde “birra” a “mediocridade” por conta dessa não liberação da estrutura, o que só aconteceu na sexta de carnaval pelo Corpo de Bombeiros. Felizmente, nenhum acidente foi registrado na “passarela”. No entanto, foi possível ouvir reclamações dos ambulantes por uma dificuldade em vender os seus produtos.