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Sombra do Poder: Nizan out folia

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Os bastidores da política baiana  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 01/02/2024, às 05h50 - Atualizado às 05h51   Editoria de Política


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Nizan out folia
O publicitário american-paulista-baiano Nizan Guanaes há algum tempo já vem distante da folia baiana. Desde a sua briga com o líder do carnaval baiano, Bell Marques, o publicitário criativo vem um tanto longe da folia momesca. Neste ano, decidiu-se navegar pelas águas de Trancoso, no Extremo Sul baiano, e deixou sua trupe aqui a ver navios aqui nos camarotes que sempre comandara com muita ênfase e alegria. Há quem diga que a mudança de gestão do ex-prefeito ACM Neto para Bruno Reis tem levado o papa da publicidade baiana a mudar de ares, sendo trocado pelo jovem Alexandre Augusto na gestão dos patrocínios do carnaval soteropolitano.

Sempre de mal...
O secretário municipal Júnior Magalhães é unanimidade quando se fala de um ser humano carrancudo e sisudo, não só com os colegas da gestão municipal, como também com toda a imprensa soteropolitana. O rapaz mais uma vez deu um show de como ser rude, deselegante e desagradável - para não dizer mal humorado - com todos no lançamento do Carnaval. Vale ressaltar que jovem gestor, em um passado não muito distante, teve alguns arranhões e ruídos na gestão do ex-prefeito ACM Neto e o atual cacique do Thomé de Souza o abrigou "a pedidos".

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

Crise de estrelas
Parece que o caso de estrelismo da cantora Luísa Sonza, noticiado na imprensa nacional na última semana, abriu a porteira para casos semelhantes com artistas famosas, inclusive com uma grande estrela da música baiana. Prova disso é que uma artista de muito renome na Bahia está correndo risco de receber processos por assédio moral, de alguns dos seus funcionários, tanto da banda quanto do setor administrativo. O tombo pode ser tão grande, capaz de derrubá-la do alto da sua torre. E, aqui para nós, a queda vai ser feia.

Lava Jato em Salvador
A operação Lava Jato sacudiu a política nacional, envolvendo grandes figurões em esquemas criminosos. Em Salvador, uma verdadeira operação contra um suposto esquema envolvendo Lava Jatos em um famoso bairro da Orla tem dado o que falar. A Prefeitura tem tentado fazer o seu papel, distribuindo concessões aos moradores da região, mas estes mesmos montaram uma verdadeira ‘operação’ para investigar mais a fundo os critérios e descobriram que tem vereador tentando passar a perna no prefeito. Com um passado no mínimo duvidoso, o vereador já é conhecido no bairro como um verdadeiro lobo disfarçado de carneiro, que só sabe rezar o ‘venha nós ao meu reino’. Se Bruno Reis não abrir o olho, vai tomar um prejuízo daquele e do novo projeto não vai sobrar pedra sobre pedra. Ou melhor, vai ser um jato de água fria nos planos do gestor.

Se Anitta visse isso...
A polêmica da nova passarela dos ambulantes continua, mas o prefeito Bruno Reis tratou de dar uma chegada no local e fazer um teste pessoalmente. Em pleno domingo de sol, o prefeito subiu na estrutura, pulou, testou e aprovou. Mas o que não foi aprovado foi a meia no meio da canela usada pelo gestor. O ‘look’ caiu em línguas maldosas da Câmara, que logo relembraram a poderosa: “Se Anitta visse isso...”

Tomou Doril?
Chamou atenção o silêncio dos bolsonaristas da Bahia, diante da operação que mirou o vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro. A imprensa até tentou, foi atrás, provocou, insistiu, mas os bolsonaristas sumiram, tomaram o tão famoso Doril. Os apontados como os mais fiéis ao ex-presidente preferiram manter o silêncio e apostar no famoso “não sei de nada ainda”. Depois os telefones foram desligados e o bonde passou sem precisar dar a cara a tapa.

Cada um com seu bloco
Enquanto a cidade ferve já em ritmo de carnaval, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, que tem se articulado para tentar a reeleição na Casa, tratou de se reunir com o líder do partido, senador Otto Alencar. Na legenda, o deputado não deixou claro o que foi tratado no encontro, mas há quem afirme que o homem de Campo Formoso está firme e forte na articulação para a recondução para a liderança da Casa Legislativa. Se Ivana Bastos não abrir o olho, vai pular carnaval no bloco dos derrotados, porque Adolfo já botou o bloco na rua, ou melhor... na frente de Otto.

O bradar de Geraldinho
Assim como Bruno Kings, outra figura que tem investido cada vez mais em discursos eloquentes é Geraldinho. Ele, que além de vice-governador é pré-candidato à Prefeitura de Salvador, parece, assim como o ‘pivete do Calabar’, que está ensaiando para quando começar, oficialmente, o período de campanha. Em um evento que aconteceu na última segunda-feira (29), na sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Geraldinho berrou em seu discurso afirmando que a política não é para os fracos. A fala foi seguida de aplausos e gritos de quem estava presente. Aqueles que não gritaram e aplaudiram apenas se olharam entre si com ar de “você tá gritando por quê?”.

‘Pivete do Calabar’ e seus novos acessórios
Quem tem frequentado as pautas mais recentes da Prefeitura de Salvador deve ter notado que Bruno Reis adotou dois novos acessórios para compor os seus looks basiquinhos. Quando não é um colar dos filhos de Ghandy, é uma faixa do mesmo bloco. O objetivo por trás disso é desconhecido. Seria uma tentativa de se aproximar de determinado eleitorado? Fica aí o questionamento. Mas não se engane, caro leitor da NSP, em ano de eleição nada é à toa.

Troca de farpas carnavalesca
Já é quase carnaval, cidade. E junto com a chegada da festa momesca aumentaram as farpas carnavalescas entre Bruno Kings e Geraldinho. As alfinetadas devem se intensificar em meio à festa e ao longo do ano, até porque a eleição está batendo na porta. Os rivais irão - como já estão fazendo - aproveitar as oportunidades e “descer o cacete” no outro. Quem vai vencer?

Queimando a largada?
As eleições municipais estão batendo na porta e já tem político apostando todas as suas fichas no seu candidato e convicto da vitória. Boatos que em um evento rolou diversas provocações, gritaria (tanto que ficou sem voz), microfone sem funcionar e muitas palmas. Agora a pergunta que não quer calar, se a oposição ganhar, como ficará a situação dessa tal importante personalidade política?

Tomou falta
Uma deputada de muito prestígio em Salvador tem tomado falta em eventos importantes na cidade, principalmente em coisas que envolvem o seu partido. Mesmo com a agenda 'cheia', sua ausência está sendo observada nos bastidores da política. Carnaval vem aí. Será que ela dará o ar da graça? Estamos esperando esse momento.

Araponga e grampinho
Se o prefeito Bruno Reis, candidato à reeleição, aceitar o apoio do PL para a sua reeleição, os atuais opositores ao mandatário do Thomé de Souza já têm um filão para utilizar durante pré-campanha e campanha. "O araponga e o grampinho" unidos em Salvador. A referência é ao atual caso de arapongagem na Abin, supostamente comandada durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o escândalo dos grampos, que rendeu ao ex-prefeito da capital o apelido de "Grampinho". O caso dos grampos da SSP ocorreram ainda durante os governos carlistas; claro que os opositores de Bruno fazem questão de esquecer que o ex-secretário da SSP Maurício Barbosa perdeu o posto também por manter, segundo investigações, o mesmo esquema em sua gestão. Vão arriscar?

De Geraldo para Geraldo
O presidente estadual do PCdoB, Geraldo Galindo, no ato em apoio à candidatura do xará a prefeito de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), demonstrou que, se pode haver resistência em grupos petistas ainda insatisfeitos com o nome do emedebista no lugar de um petista, isso não teria um peso tão grande na esquerda que vai às ruas. Galindo destacou a força do PCdoB não somente ao levantar temas e bandeiras caras à esquerda, mas em grupos organizados como os sindicatos. O PCdoB, apesar de governista desde que Lula e Wagner venceram no Brasil e na Bahia, respectivamente, não perdeu o “lugar de fala” ao lado dos trabalhadores do mundo real. Os comunistas estão em representações de docentes, bancários, rodoviários, etc, fortes na sociedade e que ainda mobilizam e/ou trancam ruas em Salvador. O carinho entre os Geraldos não é sem razão; o vice-governador sabe que precisa do apoio da esquerda sindical, atualmente mais próxima a Galindo que a Valadares.

Ninguém se mete
Bruno Reis não quer saber de Lula ou Bolsonaro nas eleições de Salvador. Faz sentindo. O atual presidente pode fortalecer o principal opositor, Geraldo Júnior, apoiado pelos palácios de Ondica e do Planalto. E o ex-presidente Bolsonaro, cujo partido, o PL, tende a apoiá-lo na reeleição, certamente tira votos. Jair Bolsonaro deve vir a Salvador em março para acompanhar homenagem a Michele Bolsonaro na Assembleia e um evento do PL Mulher; João Roma, presidente do PL na Bahia, diz que um anúncio de apoio a Bruno só deve acontecer após esta agenda com Bolsonaro. A questão é que Bruno quer os 20% do tempo de TV do partido, mas não quer o ex-presidente por perto, mas Roma tentará viabilizar o encontro. Situação difícil para Bruno, pois Lula também deve vir e não ficará neutro, como já avisou o amigo do prefeito, Suíca.

Classificação Indicativa: Livre

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