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Entre "terror empresarial" e "irresponsabilidade", o que explica a mina de sal-gema que ameaça Maceió?

Cibele Tenório / Agência Brasil
A mina de sal-gema da Braskem pode causar o maior desastre urbano da história do Brasil  |   Bnews - Divulgação Cibele Tenório / Agência Brasil

Publicado em 01/12/2023, às 23h22   Redação


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Enquanto a população de Maceió sofre com a expectativa de que uma mina de sal-gema da Braskem colapse e, em seguida afunde, discutem-se as causas e que consequências podem ocorrer do que já se desenha como o maior desastre urbano causado por uma atividade de mineração no Brasil. O terreno no local onde fica a mina afunda a 1 centímetro por hora.

A Defesa Civil recomendou que a população não transitasse na região, e 23 residências foram desocupadas. Maceió decretou estado de emergência. Dentre os cenários para o colapso, está o mais grave que indica o surgimento de uma cratera de 152 metros de raio.

A Lagoa Mundaú deve ser atingida, de acordo com a Defesa Civil — mas nenhum efeito ecológico imediato será sentido se isso ocorrer, e a área está isolada. O jornalistas Josias de Souza, colunista do UOL, compara o incidente em Maceió com a situação na Faixa de Gaza, mas ele pontua que aqui é outro terror que destrói: "o terror empresarial".

Leonardo Sakamoto, também do UOL, culpa o "uso irresponsável do solo" pela Braskem que, segundo ele, gerou o "maior desastre urbano do país". Sakamoto entende que não foi um acidente, "mas um projeto cuidadosamente colocado em prática".

As investigações da causa do acidente também podem ser travadas devido ao poder do lobby da Braskem. Tales Faria, jornalista do UOL,  relata que este lobby está atrasando a instalação, no Senado, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso.

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