Família denuncia agressões de PMs contra criança e adolescentes

Uma família está denunciando policiais militares da cidade de Parnaíba, situada no litoral do estado do Piauí, a respeito de uma série de agressões. De acordo com o boletim de ocorrência, os agentes teriam invadido a casa deles na última quarta-feira (8) e agredido os moradores. As informações foram publicadas pelo portal g1.

As vítimas seriam duas adolescentes de 15 e 17 anos - uma estava com um bebê no colo -, um adolescente de 14 anos e um menino de 10, bem como o proprietário, de 40 anos. Segundo a Polícia Militar da região, o caso está em processo de apuração. 

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Já a Polícia Civil de Parnaíba informou que realizou os exames periciais referentes à situação, porém ressaltou que não tem competência para apurar denúncias de crimes cometidos por policiais militares no exercício de suas funções.

No mais, tanto a denúncia quanto os resultados de exames periciais foram enviados para a Justiça Militar, que deve ouvir os envolvidos e investigar. O detalhe é que os policiais envolvidos podem ter cometido crimes de constrangimento ilegal, abuso de autoridade, lesão corporal e violação de domicílio. 

A pena máxima para cada ato desse pode ter sido de 3 meses a 1 ano de detenção. De acordo com relato da família, o proprietário da casa estava dormindo quando os policiais derrubaram o portão de entrada e invadiram o local sem um mandado de busca ou de prisão.

Segundo a publicação, os policiais disseram que a proposta era recuperar uma moto roubada que estaria na residência. Todavia, a moto que estava no local tinha como propriedade o patrão do dono da casa.

“Eles chegaram empurrando uma das meninas, que é mãe, estava dando de mamar pro filho, um bebê de três meses. Ela só não caiu porque sentou na cama. A outra menina tem 17, estava tomando banho, saiu só de toalha quando eles chegaram e ficaram forçando ela a falar, dizendo que se não falasse, iria complicar pro irmão dela, como se ele tivesse roubado a moto”, disse.

O caso somente mudou de configuração quando, após consulta ao sistema de roubo e furto, ficou constatado que a moto não era roubada. Nesse sentido, a polícia teria passado a procurar uma arma de fogo na residência, a qual não foi encontrada, segundo a família. No momento que buscavam a suposta “arma” na residência, os policiais agrediram todos os moradores.