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Famílias disputam restos de frangos doados por ONGs para matar a fome em Maceió

Reprodução Carlos Madeiro
Instituto Amigos da Periferia, fica no conjunto Jorge Quintella, bairro do Benedito Bentes  |   Bnews - Divulgação Reprodução Carlos Madeiro

Publicado em 10/07/2022, às 13h48   Redação Bnews


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Uma cena delicada foi registrada pelo jornalista nordestinho Carlos Madeiro, na última quinta-feira (07). Ele clicou e presenciou mães disputando restos de frangos doados por diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) para saciar a sua fome e de familiares residentes na cidade de Maceió. As informações são do Uol.

Nas vicéras entregues têm ossos e pele em sua maioria, e por semana, a Instituição mescla entre carne de frango e boi, proviniente de açougues localizados no mercado municipal da capital de Alagoas. Algumas vezes, eles também recebem doações de verduras, totalizando 50 kg por leva entregue a ONG. 

As famílias têm diferentes trajétorias mas todas um ponto em comum, o período da pandemia foi determinante para que elas entrassem nesse universo de desespero e fome, mudando totalmente a rotina de todas, que perderam suas casas, empregos e parentes que ajudam a manter a renda familiar de alguma forma.  

O projeto do Instituto Amigos da Periferia, fica no conjunto Jorge Quintella, bairro do Benedito Bentes, existe desde 2020 e atende cerca de 350 através de 22 colaboradores, que tentam aplacar o sofrimento dessas pessoas que buscam ajuda.

Não se tem uma assiduidade com as doações, por isso, os necessitados só são avisados quando tem um carregamento chegando ao local, e em cada situação cerca de 20 famílias são atendidas. 

Apesar de muitos receberam Auxílio Brasil, em torno de R$ 45, o benefício não consegue suprir todas as despesas por causa da alta dos insumos, e dos valores crescentes de gás, luz e água e muitas vezes aluguel, realizando um verdadeiro milagre para sobreviver ao período de maior número de famílias em extrema pobreza da história do Cadastro Único.

Segundo a reportagem, um botjjão na região está em torno de R$ 99, mais de 20% do valor que o benéficio oferta para a população.  "Estou aqui pegando essa ajuda há um ano e meio porque as coisas estão muito difíceis. Comer carne é uma raridade tão grande que nem lembro quando foi a última vez. Para comprar mesmo, só ovo", diz Silvana Amaral, de 51 anos em entrevista ao site. 

Para ajudar, vocês podem entrar em contato pela rede social do instituto: https://www.instagram.com/p/CfjYCorrYtk/?igshid=YmMyMTA2M2Y=

Classificação Indicativa: Livre

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