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Homem é investigado por vender cirurgias plásticas no SUS; saiba detalhes

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Médico que supostamente faria cirurgias plásticas no SUS se pronuncia  |   Bnews - Divulgação Engin Akyurt por Pixabay
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 21/05/2023, às 09h00



Um homem, que não teve sua identidade revelada, esta sendo investigado por estelionato após supostamente vender cirurgias plásticas que seriam realizadas em hospitais públicos de Fortaleza, no Ceará. O suspeito usava, sem permissão, nomes de médicos cirurgiões para convencer as vítimas.

Um dos cirurgiões citados pelo investigado foi o médico Gabriel Cavalcante, que afirmou estar surpreso com a situação e informou que já prestou um boletim de ocorrência para denunciar o caso. O suspeito já teria trabalhado para Gabriel.

O cirurgião plástico contou que começou a receber mensagem das supostas pacientes em novembro do ano passado. Uma delas questionou sobre a equipe médica que estaria envolvida em sua operação, que estava agendada pelo SUS, segundo ela.

"Eu fiquei espantado com a situação, porque eu já não trabalho pelo SUS há muito tempo; e quando eu trabalhava, o que fazia eram cirurgias realmente reparadoras, como pós-acidente, nada relacionado à estética. Isso eu nunca fiz pelo SUS", disse ao G1.

O médico conversou com algumas vítimas e percebeu que o homem cobrava de R$ 1 mil a R$ 5 mil.

"Até agora eu não entendi se elas passariam à frente ou apenas ficariam registradas na fila do SUS para fazer essa cirurgia com uma equipe minha. Isso me deixou super preocupado", comentou.

O cirurgião afirmou que no possui nenhuma ligação com o sistema público de saúde. "Eu fico chateado porque tento ser o mais ético possível, tento mostrar nas redes sociais como todo o procedimento é feito. No post, falei para todo mundo que o SUS é gratuito. Ninguém pode cobrar nada, nenhum valor relacionado a fila, exame, cirurgia", disse.

O médico Gabriel contou que já trabalhou com o suspeito, anteriormente, em Caucaia, município da Região Metropolitana de Fortaleza. Ele conseguiu chegar ao investigado porque a chave PIX que ele repassava era do próprio CPF.

O investigado ainda usa fotos com o médico para dar mais credibilidade as suas promessas. “Ele utiliza dessas fotos para dar suporte para dizer que realmente me conhece e que faço parte dessa equipe, mas isso nunca aconteceu”, pontuou.

A Secretaria Municipal da Saúde, em nota, esclareceu que os dez hospitais municipais de Fortaleza não cobram aos pacientes ou familiares sobre os serviços prestados em suas unidades.

“Qualquer solicitação em nome dos hospitais ou qualquer equipamento da Rede Municipal de Saúde deve ser denunciada aos órgãos de segurança para as devidas investigações”, afirmou o órgão.

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