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Divulgação/Secretaria de Saúde do PiauíPublicado em 30/11/2022, às 14h59 Camila Vieira
Hospitais públicos municipais e estaduais tem tido dificuldade de ofertar atendimento à população por conta da falta de medicamentos básicos, soro fisiológico e insumos. Além do serviço comprometido, o trabalho dos profissionais de saúde em Teresina também tem ficado cada vez mais difícil. O cenário tem sido acompanhado pelo Conselho Estadual de Saúde do Piauí (CES-PI), que afirmou que vai entrar com ação judicial, em parceria com o Ministério Público do Piauí (MP-PI), para cobrar respostas dos responsáveis.
"Hoje se você chegar no hospital não tem soro e existem medicações que precisam ser administradas dentro do soro, os pacientes estão tendo que comprar e levar", denunciou um profissional de saúde que preferiu não ser identificado. O presidente do CES-PI, professor Emídio Matos, afirmou que, mesmo com as questões geradas pela pandemia, seria possível garantir o abastecimento da rede se houvesse planejamento por parte dos gestores.
A idosa Maria do Socorro Alencar, de 61 anos, tem câncer no pulmão e precisa de um tratamento com 24 ampolas de um medicamento que a unidade custa R$ 35.800,00, fabricado no Reino Unido. Segundo a filha dela, o medicamento é o que vai manter a mãe viva. "Nem todo mês a gente vai ter esse dinheiro. As duas primeiras conseguimos comprar. Essa medicação é o que pode salvar a vida dela e o tratamento dura dois anos", contou.
A família procurou a justiça em julho e conseguiu uma decisão favorável, que deu prazo para que o medicamento fosse fornecido até novembro, mas não receberam até o momento. Procuradas, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) informaram que enfrentam dificuldades no mercado por conta da pandemia e que estão trabalhando para resolver os problemas.
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