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Polícia prende acusado de bater carro em árvore para matar ex-esposa

Divulgação / Polícia Civil
O acusado responde pelo crime de feminicídio  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Polícia Civil

Publicado em 16/03/2023, às 12h18   Cadastrado por Bruno Guena


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A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (15), o homem acusado de bater o carro numa árvore para matar a ex-esposa, em 2018. O representante farmacêutico Guilherme José de Lira Santos responde pelo crime de feminicídio.

Faltando cinco dias para o julgamento de Guilherme, a prisão acontece após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) expedi mandado de prisão preventiva.

A vítima era a engenheira Patrícia Cristina Araújo Santos, de 36 anos. A polícia não revelou o local em que o acusado foi preso.

O representante farmacêutico foi preso logo após o crime. Em 2019, ele teve relaxamento de prisão, foi solto e respondeu em liberdade.

Entenda o caso

No dia 5 de novembro de 2018, Guilherme provocou a batida do carro que aconteceu na Rua João Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista, no Centro de Recife.

Segundo a Polícia Civil, perícias constataram que o acusado acelerou o veículo, não freou e o jogou em direção a uma árvore. Ele ficou ferido e foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela morreu na hora.

Através da perícia, ficou confirmado que o carro saiu de 51 para 70 quilômetros por hora, até chegar à árvore em que aconteceu a batida. Além disso, foi constatado que Guilherme não acionou os freios e que não havia nenhum obstáculo na trajetória do veículo.

Familiares descartaram a hipótese de acidente de trânsito desde o início das investigações. Ainda segundo parentes da vítima, o representante farmacêutico era obcecado pela engenheira e não aceitava o fim do relacionamento.

O julgamento

O caso será sentenciado por júri popular na próxima segunda-feira (20), às 9h, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, no Centro do Recife.

Guilherme é réu por homicídio qualificado por razão fútil mediante dissimulação ou outro recurso que dificuldade, ou torne inviável a defesa do ofendido e contra a mulher por motivos da condição de sexo feminino (feminicídio).

A defesa alega que houve somente um acidente de trânsito, o que tornaria o homicídio ser culposo (quando não há intenção de matar).

Cinco testemunhas de acusação e três peritos criminais serão ouvidos, além de cinco testemunhas de defesa e dois informantes.

Classificação Indicativa: Livre

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