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Prefeito é acusado de sedar e realizar aborto de mulher com quem se relacionava; saiba detalhes

Divulgação/Redes Sociais e Câmara de Vereadores de Carolina
Aborto teria sido realizado com ajuda de vereador, à época motorista do prefeito  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Redes Sociais e Câmara de Vereadores de Carolina

Publicado em 08/05/2023, às 08h40   Cadastrado por Daniel Brito


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Atual prefeito de Carolina, cidade do interior do Maranhão, o médico Erivelton Teixeira Neves, também conhecido como doutor Erivelton, é acusado na Justiça de praticar um aborto ilegal, sem o consentimento da vítima, com quem ele tinha um relacionamento.

O caso foi revelado na noite do último domingo (7) pelo programa Fantástico, da TV Globo, mas aconteceu em 2017. De acordo com a investigação, o caso aconteceu dentro de um motel em Agostinópolis, cidade do Tocantins próxima a Carolina, na divisa com o Maranhão. O local estaria sem condições de higiene para o procedimento. 

A vítima e Erivelton tinham um relacionamento amoroso instável, em especial após ela descobrir que ele era casado. Em novembro de 2016, ambos reataram, mesmo com a mulher sabendo que ele continuava casado. A gravidez foi descoberta cerca de cinco meses depois.

Em 2 de março de 2017, ele teria buscado a mulher em casa e afirmou que faria um exame com um aparelho de ultrassonografia portátil. Em seguida, foram para o motel. No local, segundo a denúncia do Ministério Público do Tocantins, pegou uma maleta e disse que tiraria sangue da mulher para a realização de exames.

No entanto, ele teria injetado o que seria um sedativo. Naquele momento, a vítima perdeu a consciência e ele fez o procedimento de curetagem com a ajuda de Lindomar da Silva Nascimento (PL), vereador da cidade e, à época, seu motorista.

Ambos teriam deixado a mulher em casa mesmo com a saúde debilitada por causa do procedimento, de acordo com a denúncia. Ainda, erivelton ainda levou da casa da vítima o exame de sangue que confirmava a gravidez e o cartão de gestante.

Em entrevista ao Fantástico, a vítima, Rafaela Maria Santos, revelou que a primeira dose de sedativo não fez efeito, e que o prefeito inventou que o sangue tirado não tinha sido suficiente.

"Na segunda vez foi horrível. Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: 'Eu não estou me sentindo bem'. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado", contou.

A defesa de Erivelton Teixeira e de Lindomar Nascimento afirmou, através de nota, que seus clientes não foram notificados da ação penal e que tem total confiança em um veredito justo.

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