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Socialite é presa por suspeita de golpes contra homens; investigação aponta que ela embolsou mais de R$ 1 milhão

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Socialite é presa de forma preventiva e advogado afirma que 'medida é extremamente excessiva'  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Verdes Mares
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 09/06/2023, às 15h48


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A socialite, Aymerr Quinderé Sousa, de 46 anos, foi presa após ser acusada de aplicar golpes milionários em homens, em Fortaleza. A investigada já teria embolsado mais de R$ 1 milhão recebidos pelas suas vítimas. A prisão aconteceu no dia 25 de maio, no Bairro Sapiranga, mas só foi divulgada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (9).

Segundo a investigação, Aymerr fingia ser empresária e convecia os homens a investirem em sua empresa do ramo de pescados. A forma de abordagem da mulher era semelhante em todos os casos. Ela conhecia as vítimas através de um ciclo social e começavam a falar sobre negócios.

Um dos denunciantes, o empresário Rodrigo Santos, contou que se envolveu amorosamente com a suspeita antes deles começarem a firmar negócios juntos. No início da relação, Aymerr emprestou R$ 50 mil a ele, o que fez com que a confiança dele nela aumentasse.

"Depois eu devolvi a ela, com uns dois meses, sem me cobrar nada. Achei ela uma pessoa maravilhosa, e já comecei a enxergar ela com outros olhos, porque foi uma pessoa que, sem me conhecer, me deu R$ 50 mil", relembrou o empresário ao G1. Após o empréstimo, os dois passaram a conversar sobre investimentos.

Rodrigo contou que, muitas vezes, pedia a seus familiares para ajudá-lo a investir, pois Aymerr pedia valores que ele não tinha disponível. Segundo o empresário, ele chegou a perder R$ 500 mil.

"Eu recebia uma quantia mensal e tirava uma fração do meu lucro pessoal. Mas eu nunca retirava do investimento principal. Eu colocava cada vez mais", relatou Rodrigo.

"Ela enviava comprovantes de pagamento que nunca entravam, envelopes de dinheiro que nunca compensavam. No final disso tudo, ela desapareceu com R$ 500 mil meus", contabilizou.

O corretor de imóveis, Louder Gomes de Freitas, outra possível vítima de Aymerr, contou que a conheceu em um aniversário de um amigo em comum, em 2011. Depois disso, saíram juntos outras vezes e começaram a conversar sobre investimentos quando ele comentou que queria aplicar um dinheiro em um negócio.

"Eu tive de fazer um empréstimo em um banco porque ela disse que recebeu um pedido de lagostas. A compra da lagosta era R$ 90 mil, e eu dei R$ 45 mil. Ela me disse que o lucro seria 100%. Voltaria para a gente R$ 180 mil", disse. Ele ainda deve R$ 20 mil ao banco devido a esse empréstimo.

Outros empréstimos foram feitos para atender a mais pedidos da suspeital. "Teve um dia que eu tive um desgaste muito grande. Eu disse a ela que não dava mais para mim. Eu devia a dois bancos, estava com cheque especial negativo. Ela me devia R$ 229 mil", lembrou. De acordo com o corretor de imóveis, Aymerr tentou pagar seu débito com oito cheques: quatro no valor de R$ 23.520 e quatro de R$ 33.750. Contudo, o valor que ele realmente recebeu foi R$ 80 mil.

A Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Aymerr. A defesa da suspeita, representada pelo advogado Miguel Fernandes Pessoa Neto, disse, em nota, que "a prisão representa medida extremamente excessiva, que o inquérito policial sequer foi finalizado, tampouco subsiste denúncia e processo formalizado em desfavor da investigada".

Classificação Indicativa: Livre

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