Personalidade

Frank Sinatra completaria 100 anos hoje

Publicado em 12/12/2015, às 08h31   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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O centenário do cantor Frank Sinatra (1915-1998), celebrado neste sábado (12), poderá ser devidamente lembrado com a leitura de alguns dos muitos livros lançados neste ano (entre eles, os de memórias das filhas, Nancy e Tina) ou assistindo a especiais de TV (como o documentário “Frank Sinatra: a man and his music + Ella + Jobim”, que o canal BIS exibe hoje, às 20h30m). São algumas chaves para entender o mistério da permanência do artista para além do século em que viveu.
— Sinatra ficará para sempre por causa da sua voz. Ele tinha aquela habilidade única de convencer você de que está sentindo e pensando exatamente o que está cantando. É algo que transcende as línguas e o tempo — arrisca, em entrevista por telefone, de Nova York, o jornalista James Kaplan, que chega às livrarias do Brasil nesta semana com “Sinatra: o chefão” (Companhia das Letras), tradução do segundo volume (com 1.176 páginas) da sua obra biográfica do cantor (há dois anos, a Companhia publicou “Frank: a voz”, o primeiro volume).
— O primeiro livro é a história da ascensão de um jovem trovador romântico. O segundo é um livro sobre poder, uma espécie de conto moral — descreve Kaplan, que cobriu em “O chefão” o período que vai da volta do cantor ao sucesso, em 1954 (quando ganhou um Oscar por “A um passo da eternidade”), à sua morte. — É uma época congestionada de incidentes que as pessoas pensam que conhecem. Tinha que me certificar de ter escrito sobre eles da forma mais completa possível, eliminando as ideias erradas e inverdades.
Um Sinatra que teve quantas mulheres quis, bebeu tudo o que pôde, confraternizou com a máfia e com políticos poderosos — e que, no meio-tempo, cantou divinamente, com muito sucesso — emerge em toda a sua complexidade do novo livro de Kaplan.
Iniciando sua carreira musical na swing era com Harry James e Tommy Dorsey, Sinatra se tornou um artista solo de sucesso sem precendentes no início e meados dos anos 1940, assinando depois com a Columbia Records em 1943. Sendo um ídolo das "bobby boxers" (como eram conhecidas as jovens fãs de swing), ele lançou seu primeiro álbum, The Voice of Frank Sinatra em 1946. Sua carreira profissional estava parada no início da década de 1950, mas renasceu em 1953 ao vencer o Óscar de melhor ator secundário por sua performance em From Here to Eternity.
Sinatra apareceu em mais de cinquenta filmes, entre eles: "Anchors Aweigh" (1945), "On The Town" (1949), "From Here To Eternity" (1953), com o qual ganhou o Oscar, "The Man with the Golden Arm" e "High Society" (ambos de 1956), "The Manchurian Candidate" (1962) e "The First Deadly Sin" (1980). Fez parte do chamado Rat Pack, grupo de artistas muito ativo entre meados da década de 1950 e 1960.
Fez um show histórico no Brasil, no Rio de Janeiro (cidade), em um Maracanã lotado em 26 de janeiro de 1980, quando tocou para 170 mil pessoas, entrando para o livro Livro Guiness dos Recordes. Teve seu próprio show de TV durante vários anos e nos anos 90 continuou na ativa em concertos e gravações, onde lançou uma série de duetos, inclusive via satélite, utilizando recursos da mais moderna tecnologia. Um ano depois, Sinatra voltou ao Brasil para um show no Maksound Plaza,em São Paulo,nos dias 13 a 16 de agosto de 1981.
Seus principais sucessos são "Fly Me to the Moon", "My Way" e "New York, New York". Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Na oportunidade, "The Girl from Ipanema" brindou o grande encontro.
Com a saúde debilitada, Sinatra parou de fazer shows com 80 anos, em 1995. No dia 14 de maio de 1998, Frank Sinatra morreu de um ataque cardíaco em Los Angeles, Califórnia, mas algumas fontes indicam que ele possa ter morrido de tétano. Encontra-se sepultado no Desert Memorial Park, Cathedral City, Condado de Riverside, Califórnia nos Estados Unidos.
Com informações do O Globo

Classificação Indicativa: Livre

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