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Mulher deixa de tratar lesão no cérebro para comprar comida para os gatos e cães

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Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 10/05/2021, às 09h30   Redação BNews


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A aposentada Angélica Duclos Amado, 53 anos, deixou de tratar uma lesão no cérebro para cuidar de oito animais de estimação, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ela foi atropelada no dia 8 de fevereiro por um motociclista enquanto atravessava uma avenida da cidade. 

Por causa do acidente, ela teve um sangramento leve no cérebro e precisa comprar uma série de medicamentos que custam R$ 300. Mas, a mulher abriu mão de custear o próprio tratamento para comprar alimentação dos pets que moram com ela há 15 anos.

“Às vezes eu consigo uma pessoa que doa um saco de ração, mas a gente acaba ficando em uma situação difícil, é nessa que eu deixo de pagar uma conta, fazer uma coisa ou outra. É assim, ou a gente compra coisas para dentro de casa ou compra ração”, disse em entrevista ao G1.

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Além da lesão no cérebro decorrente do acidente, Angélica já tratou um câncer no colo do útero causado pelo vírus HPV (papilomavírus humano). Por causa das lesões provocadas pela Infecção Sexualmente Transmissível (IST), ela conta que já tirou o útero, trompas, parte da vulva e perdeu dentes da boca. Durante os momentos difíceis, a aposentada diz que os animais foram essenciais. “O meu psicólogo falou para eu adotar animais, por falta de um, eu adotei vários”, disse ao site.

Mesmo com dificuldades para cuidar dos animais, ela relata que não abre mão de nenhum deles. "Eu não abandono meus bichinhos de jeito nenhum, eu estou assim, com problema de saúde e sabe o que acabo fazendo? Acabo guardando as receitas e deixo de comprar os remédios para comprar a ração dos bichos. Quando eu vou no médico digo que tomei os remédios", afirmou.

Angélica chegou acionar a Justiça por causa de uma gata que foi atropelada. Angélica relata que custeou todo tratamento e, após isso, a tutora quis o animal de volta. Para continuar com o pet, ela contratou um advogado e ganhou a causa. “Eu sempre peço para Deus não me levar porque os meus bichos não vão aguentar. Eu luto muito por causa deles. É a mesma coisa que ter filhos em dobro. Eles são a minha companhia”, finaliza.

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