Mulher viaja mais de 1.300 km para reencontrar seu cachorrinho; entenda

Ruth Selena Melendez Ruiz, moradora do município Alfredo Wagner, no interior de Santa Catarina, viajou cerca de 1.350 km até a cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, para reencontrar seu cachorrinho que ela não via desde 2019. 

Segundo o G1, a história começou em 2016, quando Ruth morava em Urberlândia e adotou o cachorrinho. Em 2018, no entanto, ela precisou voltar ao seu país de origem, Uruguai, e deixou seu pet com sua filha na cidade mineira. 

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“Em 2020, minha filha deixou ele em uma casa, pois teve que viajar. E dessa casa o Charlie fugiu. Eu não sabia que ele estava nessa casa, fiquei esperando todo o ano de 2020, mas minha filha apareceu em janeiro sem o cachorro e com a notícia que tinha o deixado em uma casa e que ele tinha fugido”, lembrou.

Quando Ruth soube que seu cachorro tinha desaparecido, ela começou o processo de procura do pet. Ela buscou notícias dele com a família que ele ficou em Uberlândia e, sem resultado, começou a divulgar na internet.

“Eu mandei o Caetano, meu filho, para negociar com as pessoas que supostamente estavam com o cachorro, mas ele não avançava nas negociações. Então, eu decidi eu mesma ir procurá-lo", explicou. 

Ao chegar em Uberlândia, Ruth começou o processo de procura pelo animal. Ela espalhou cartazes, saiu procurando de casa em casa e até colocou um carro de som para circular nas ruas da cidade. 

“A única coisa que eu tinha mesmo era medo, pois me falaram coisas diferentes. Quando comecei a procurar, me disseram que ele estava morto; depois, fiquei sabendo que ele estava na rua, que tinha fugido; depois que tinha sido resgatado e as pessoas que estavam com ele não queriam falar onde que estavam”, declarou a tutora do animal. 

Após cinco dias de buscas pelo animal, Ruth achou a família que estava com Charlie em uma casa das Chácaras Douradinho. A família cobrou os R$ 1.200 que a tutora do cachorrinho havia oferecido nos cartazes de divulgação. 

Ruth gastou todas suas economias para encontrar o cachorro e ela não se arrepende: “eu realmente, do fundo do meu coração, achei que não iria encontrá-lo. Foi muito sofrido sabe, mas eu estou muito feliz, pois todo o tempo que tiver, vou dar para ele o melhor”, afirmou. 

Charlie não podia ir para Santa Catarina de ônibus por causa do seu peso e tamanho. Então, Ruth voltou para casa no dia 17 de maio após enfrentar mais de 1.300 km de distância pegando três caronas diferentes com viagens compartilhadas e agendadas por aplicativos.

“Eu estou sentindo muita felicidade, pois eu tinha medo de não encontrar meu cachorro, que ele tivesse morrido, mas isso não aconteceu. Agora estou indo com ele, que minha missão era essa. Valeu a pena. Estou bem feliz”, concluiu.