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Protetores pedem mais policiamento e câmeras de segurança para proteger gatinhos da Orla de Piatã

Dinaldo Silva/BNews
'Precisamos do apoio da polícia. Eles fazem ronda aqui, mas o povo abandona quando eles não estão', diz protetora   |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 30/07/2021, às 19h02   Redação BNews


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Cerca de um mês após o incêndio que destruiu a estrutura montada para os gatinhos que vivem na Orla de Piatã, os protetores que cuidam dos mais de 200 pets que vivem no local pedem que os órgãos responsáveis instalem câmeras e aumentem o policiamento na região para inibir os abandonos e maus-tratos dos felinos. 

Sonia Barros, que cuida dos gatinhos da Orla de Piatã há mais de oito anos, afirma que o número de gatos que saem das ruas ainda é muito menor se comparado com a quantidade de animais que são abandonados no local diariamente. 

“A gente vai tirando os gatinhos e vai castrando, mas o povo vai colocando e aumenta de novo. Não adianta a gente castrar dez hoje, porque amanhã colocam mais 20. Depois do incêndio teve mais abandono, principalmente de mãezinha com filhote”, contou a mulher ao BNews. 

As pessoas que atuam como protetoras voluntárias dos gatos de Piatã que levam esses pets para fazer o lar temporário e impedir que eles venham a falecer no local devido às chuvas, atropelamento ou maus-tratos.

“Precisamos do apoio da polícia. Eles fazem ronda aqui, mas o povo abandona quando eles não estão, tinha que ser 24 horas, mas acho difícil, né? Antes do incêndio tinham 300, agora deve ter uns 200. Muita gente adotou e voluntários levaram para casa, mas toda hora alguém deixa outro”, declarou a protetora. 

A Diretoria de Promoção à Saúde e Proteção Animal (DIPA), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), tem um projeto de castração dos gatinhos da orla. “Deixamos o castramóvel lá por cinco meses”, disse a diretora da Dipa, Tainara Ferreira.

Os representantes da ONG SOS Gatinhos, que cuida dos pets da Orla de Piatã, afirmaram que o maior problema de submeter os gatos a essa cirurgia é o pós-operatório, já que eles não podem ficar nas ruas e precisam de acolhimento até se recuperarem totalmente. A Dipa ressalta que está pensando em programas específicos para solucionar esse problema. 

Sobre o monitoramento através de câmeras do local, a diretora da Dipa afirmou que a diretoria não possui ferramentas para fazer essa fiscalização, mas que já acionou os órgãos competentes, como a Secretária de Segurança Pública (SSP). Além disso, Tainara acrescenta que já pediu o apoio da Secretaria de Saúde para promover mais segurança na colônia dos gatinhos de Piatã. 

“Estamos sempre em contato com a Coppa [Companhia de Polícia de Proteção Ambiental], pedindo rondas no local e eles vêm realizando, inclusive. Sempre fiscalizamos isso e acionamos esses órgãos para nos ajudar, mas precisamos muito do apoio da população", finalizou.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública destacou que repudia e combate, através das polícias Militar e Civil, qualquer tipo de violência contra animais. “Informamos ainda que possuímos câmeras no bairro de Piatã e que analisaremos, junto com as unidades policiais atuantes naquela região e com a área técnica, a necessidade de ampliar a cobertura”, escreveu a pasta em comunicado enviado ao BNews. 

Adoção dos gatinhos da orla

Será realizada neste sábado (31) uma feira de adoção, das 13h às 17h, dos bichanos que vivem na Orla de Piatã. O evento acontecerá no Mundo Pet do Rio vermelho, na Avenida Juracy Magalhães Júnior, 1260. 

Para mais informações osbre como ajudar, é só entrar em contato com a ONG SOS Gatinhos através da conta deles no Instagram

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