Polícia

Família de menina de 5 anos assediada por pedófilo se sente desamparada pela Lei

Publicado em 15/03/2015, às 06h30   Tony Silva (Twitter: @Tony_SilvaBnews)


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Após a investigação e prisão do promotor de vendas, Wesley dos Santos Pereira, 30 anos, acusado de assediar uma menina de cinco anos por telefone no município de Lauro de Freitas, por mais de um mês, a família da garota se diz desamparada pela lei. Isso porque Wesley poderá ser solto nos próximos dias, caso não seja renovado o pedido de prisão temporária. A família da criança luta na Justiça para que seja decretada a prisão preventiva do acusado de estupro de vulnerável.

Uma das tias da criança, que não quis ser identificada, conversou com a reportagem do Bocão News, na noite desta sexta-feira (13), e disse que um dos motivos mais importantes de Wesley continuar preso é evitar que ele cometa novos crimes. A tia da vítima também relatou a situação em que a criança se encontra por conta da situação. “Ela está assustada, pois embora tenha sido protegida pela família, a criança sentiu os efeitos do assédio, mesmo que por telefone e se mostra confusa e amedrontada na presença de estranhos. Ela fica assustada dentro da própria casa. Ela fecha porta, ela só quer ficar perto dos pais”, relata.

 Aos ser quastionada sobre o acesso que o acusado teve a criança por telefone, a tia explicou que a família percebeu desde a primeira ligação e desde então as ligações já estavam sendo monitoradas. “Antes de acontecer o crime, a criança atendia normalmente o telefone residencial, mas sempre com a presença dos pais, que monitoravam tudo, e graças a isso, identificaram o abuso. Minha sobrinha estudava em período integral. Quando meu irmão chegava em casa e abria cortinas e janelas, o telefone tocava e quando ele atendia, a pessoa que ligou desligava”, explica.

 A tia da vítima destaca que a família ajudou a Justiça investigando, pois logo após identificar que um estranho falou com a criança, as ligações começaram a ser monitoradas no sentido de colher mais informações do acusado. Os familiares disseram também, que mesmo sabendo da idade da criança Wesley dizia a vítima que tinha 8 anos e convidava para brincadeiras íntimas. “Você sabe brincar de papai e mamãe? Você gosta de chupar picolé?”, relata a tia da criança.

A tia da garotinha explica que os pais escutavam as conversas e mandavam a criança responder e não deixava que ela escutasse o que Wesley dizia. “Ela não atendeu todas as ligações sem a nossa presença. O objetivo de deixar que ela atendesse a partir da segunda ligação era identificar ao autor do abuso, pois ele ligava insistentemente e quando adulto atendia ele desligava e graças a esse procedimento, conseguimos dar elementos suficientes para as investigações identificá-lo e apurar o crime”, disse a familiar que fez um apelo. “Fizemos a nossa parte, agora esperamos que Justiça não se  engesse no Código Penal ultrapassado e desgastado que termina beneficiando mais os bandidos. Essa Lei nos deixa desamparados”, apela.

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Matéria publicada originalmente em 14 de março de 2015 às 8h25

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