Uma pessoa comum que estivesse forjasse insanidade mental para não responder processo, certamente, ficaria na prisão à disposição da Justiça. Mas esse não foi o caso da promotora de Justiça Deborah Guerner e o marido dela, Jorge Guerner, que foram soltos às 23h12 desta quinta-feira (28), após decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia Filho.
O casal estava preso desde o dia 20 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Na quinta-feira passada (21), o ministro João Otávio de Noronha, também do STJ, havia negado pedido de liberdade em favor da promotora.
Deborah e o marido saíram no carro do advogado. Eles realizaram exames de corpo de delito dentro da carceragem da PF - necessários para a libertação -, e não precisaram ir ao Instituto Médico Legal (IML), onde normalmente são realizados os exames desse tipo.
Momentos antes da soltura, o advogado de defesa da promotora Pedro Paulo de Medeiros disse que a divulgação das imagens dos diálogos entre a promotora e o psiquiatra não vão inteferir na estratégia de defesa. "A orientação pelo que vi, penso que não prejudica. Porque o doutor era assistente técnico da defesa. Ele é parte da defesa e essa era a obrigação dele, ajudar a defesa."
Deborah Guerner é suspeita de forjar insanidade mental para não responder processo em que é acusada de corrupção. A promotora é investigada em pelo menos três processos relacionados ao suposto esquema de corrupção envolvendo membros do Executivo e Legislativo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM. Ela nega participação.
Informações do G1