Polícia

Crime em pizzaria da Ribeira completa um mês e família teme impunidade

Publicado em 18/08/2015, às 09h58   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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Parentes do técnico em informática, Fábio Luiz dos Santos Carmo, de 33 anos, assassinado a tiros dentro de uma pizzaria no bairro da Ribeira, em Salvador, na madrugada do dia 18 de julho deste ano, temem impunidade do caso.
Em contato com o Bocão News nesta terça-feira (18), quando o crime completa um mês, a irmã da vítima, a estudante de Nutrição, Fernanda dos Santos Carmo, 27 anos, afirmou que a Justiça ainda não expediu o mandado de prisão preventiva do policial militar, Jorge Antônio Gomes dos Santos, 46 anos, acusado de cometer o crime. Atualmente, ele está preso no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
“Ninguém da Justiça entrou em contato com a gente. Ninguém perguntou se a gente precisa de assistência social. O delegado Reinaldo Mangabeira realmente correu atrás, juntou todos os documentos e encaminhou à Justiça, que até agora não abriu o processo. Por causa disso, no próximo dia 21 o assassino de meu irmão pode sair”, lamenta.
Foto: Juarez Matias / Bocão News
E continua: “já pensou se esse cara sai? A gente soube que ele tem uma filha de um ano e a mulher está vendendo tudo. Eles estão meio que fugindo. E a gente fica como? A gente tem que ter esperança, mas não podemos ficar com os braços cruzados”. 
O PM se apresentou ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) 72 horas após o crime na companhia do advogado dele. O policial aposentado foi ouvido pelo delegado Reinaldo Mangabeira.
O policial se entregou após a divulgação de um vídeo gravado momentos depois do crime. Nas imagens, algumas pessoas discutem com um homem que estava na companhia do acusado e presenciou o crime.
Foto: Juarez Matias / Bocão News
Ao Bocão News, o delgado informou que o inquérito já foi concluído. “Nós solicitamos já a prisão preventiva para que ele venha responder preso. Está sendo julgado e ainda está em tempo. O promotor está analisando. A gente aguarda uma decisão da Justiça para que seja decretada a prisão preventiva dele”.
O motivo do crime
Testemunhas apontaram que motivação da morte do técnico de informática foi o estouro de duas garrafas de champanhe. Pessoas que preferiram não se identificar, disseram que um homem que estava em uma das mesas do bar molhou Fábio Luiz e os amigos ao abrir uma garrafa de champanhe.
Minutos após, a mesma pessoa teria aberto outra garrafa, molhando novamente o grupo que estava na mesa vizinha. De acordo com as testemunhas, Fábio teria reclado com o rapaz que estava abrindo as garrafas e foi atingido por quatro tiros no peito e no rosto. Fábio foi enterrado no dia 19 de julho no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação, na capital baiana.

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