Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) rebateu as declarações do secretário municipal Fábio Mota, feitas durante conversa com o apresentador Zé Eduardo na manhã desta sexta-feira (11). Em maio deste ano, a prefeitura de Salvador através da Secretaria de Mobilidade (Semob), inaugurou o Centro de Controle Operacional (CCO) para monitoramento dos ônibus da capital baiana. Juntamente com a central, foi lançado o CittaMobi, aplicativo gratuito para celulares com intuito de auxiliar os mais de 1,3 milhão de usuários do transporte público.
A nova versão 4.0 do aplicativo conta com o botão "Incidente Grave", por meio do qual o passageiro poderá avisar ao CCO situações de emergências como assaltos ou outros tipos de violência dentro do coletivo. A função tem sido alvo de críticas, já que coloca em risco a vida do passageiro diante de situações de perigo. Na rádio Metrópole, Mota afirmou que tentou dialogar com o comando da Polícia Militar, mas não teve retorno. “Nós tentamos. Mandamos ofício para o comando da Polícia Militar. Eles acharam que não teria serventia. O aplicativo auxilia também na segurança pública. O usuário do transporte público que vai falar com a prefeitura. Esse é o objetivo do aplicativo”, disse. Logo depois, o secretário emendou: "continuo aberto ao diálogo".
Segundo a SSP-BA, em relação atualização do aplicativo Cittamobi, da prefeitura de Salvador, com o botão de pânico, sempre trabalhará em parceria com ações que visem a dar maior segurança à população. Ainda de acordo com o esclarecimento, independentemente da presença de policiais no Centro de Controle Operacional da prefeitura, as forças de segurança estaduais participarão dessa ação conjunta, com o apoio dos seus dois centros operacionais, a Stelecom (190) e o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
A SSP-BA esclarece também que dispõe de duas unidades operacionais que atuam especificamente em questões referentes a ocorrências com ônibus, o Grupamento Gêmeos da Polícia Militar e o Grupo de Repressão a Roubos em Coletivos (GERCC) da Polícia Civil.
Ainda de acordo com informações da secretaria estadual, algumas atitudes das empresas de ônibus podem contribuir com o trabalho policial, como a retirada das propagandas nos vidros dos fundos dos veículos e uma maior agilidade no envio para a polícia das imagens registradas pelo circuito interno dos coletivos.
