Familiares e cerca de 200 colegas de profissão foram se despedir do inspetor rodoviário federal Hamilton Safira Andrade, 42 anos, na tarde deste sábado (24), no cemitério Jardim da Saudade.
O policial rodoviário federal foi alvejado por um tiro na região da barriga que atingiu a veia femoral. O inspetor trocou tiros com o policial militar Ubiratam dos Santos Borges, na praça Duque de Caxias no município de Euclides da Cunha, na madrugada deste sábado.
Bastante abalado, o promotor Pedro Safira, primo de Hamilton que estava no momento do tiroteio, ficou junto com a família do policial e não falou com a imprensa. O presidente do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jorge Falcão, destacou que a versão e deu posicionamento da entidade. "O sindicato vai aguardar o posicionamento da instrução até porque o caso não tem relação com a instituição PRF", comenta.
Sobre a versão de que o policial militar teria sido atingido quatro vezes e depois foi ao carro pegou a arma e atirou contra o inspetor Hamilton, Jorge Falcão contesta. "Não teria a possibilidade do PM sofrer um tiro no fêmur com fratura e ir ao carro pegar arma e atirar de volta. O fato é que os dois estavam armados e houve tiro e revide", analisa.
O presidente do sindicato ressaltou ainda que não há possibilidade de desencadear uma rivalidade entre as duas polícias. "A PRF e Polícia Militar são coirmãs, não há rivalidade nem há de ter, pois os dois policiais desconheciam a condição de polícia de ambos", afirma.
Hamilton trabalhava como instrutor de tiro, chefe de policiamento e fiscalização da Delegacia da PRF em Feira de Santana. Estava há nove anos na instituição. Ele era casado e não tinha filhos.
