Polícia

Policiais da Choque invadem o Presídio de Lauro de Freitas

Publicado em 22/06/2011, às 13h11   Ivana Braga



O clima de tensão durante a invasão, pela Polícia de Chioque, no Presídio de Lauro de Freitas, onde presos se rebelaram na manhã desta quarta-feira (22). A polícia de Choque, com apoio da Rondesp e do Graer, monitoraram a invasão pelos policiais da Choque que entraram no primeiro pavilhão do presídio. Inicialmente os policiais tentaram convencer os rebelados a porem fim ao movimento.

A rebelião foi iniciada por voltra das 7 horas da manhã desta quarta-feira durante visita de familiares. Três pessoas estão feridas e mais   15 pessoas ficaram de reféns, segundo as primeiras informações passadas por um detento. Para conter o motim e abrir negociações, os detentos exigiam a presença de um delegado e um representante dos Direitos Humanos.

A reportagem do Bocão News conseguiu apurar que o motim teria sido iniciado após a agressão praticada por um agente penitenciário que, ao ser questionado pelos presos sobre a transferência para o presídio de Serrinha de dois detentos, teria agredido um preso. 

A polícia conseguiu retirar um dos detentos gravemente feridos durante a rebelião. De prenome Leandro, ele teria sido baleado no olho e encaminhado para o Hospital Geral do Estado em um carro do presídio. A Choque tenta negociar a retirada de mais dois presos que foram esfaqueados para levá-los para o Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas.


De acordo com informações do diretor do presídio, Vilson Bueno, a situação está sob controle e os amotinados já retornaram para suas celas. O presídio, conforme Bueno, tem capacidade para 460 e abriga 416 internos nos seus dois pavilhões (A e B). O motim foi inciado no pavilhão A e não teria chegado a atingir o segundo pavilhão.

Bueno informou ainda que a versão da suposta agressão praticada por um agente penintenciário foi apresentada pelos detentos, mas não há confirmação de que ela tenha sido a causa da rebelião. Para ele a informação de que dois detententos seriam transferidos é que motivou o motim. "Existe resistência quando alguns presos vão ser transferidos". 

Visita - Muitas mulheres e parentes dos detentos estão na porta do presídio desde o início da manhã para o horário de visitas que se iniciaria às 8h. Mas logo que chegaram foram avisadas que não mais haveria visita. Noêmia Felipe de Jesus, esposa de um dos detentos - Jucimário Santos Silva - disse que ao chegar avistou "policiais das torres, dando tiros lá pra baixo, no pátio onde ficam os detentos", declara.

Elas informam que não vão sair de lá até que termine o "baculejo" - revista dos presos feitas às vistas do diretor do presídio e da juíza Patrícia Sobral e representantes do Ministério Público. Conforme declararam, "normalmente quando há rebelião, na hora do 'baculejo', os rebelados são agredidos de todas as formas", relata Noêmia. 

Fotos Gilberto Júnior // Bocao News

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