O esquema de venda ilegal de ingressos descoberto na Copa do Mundo de 2014 tem uma nova faceta na Olimpíada de 2016. Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta que, mais uma vez, uma quadrilha foi articulada em busca de lucros com a comercialização irregular de tíquetes de megaeventos esportivos realizados no Brasil. O Comitê Organizador Rio-2016 informou que colabora com a investigação. O diretor da empresa envolvida no processo foi preso.De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil, o Núcleo de Apoio a Grandes Eventos (NAGE) da Instituição realizou um trabalho de inteligência para desarticular quadrilha internacional de cambismo e prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (05), Kevin James Mallon e Barbara Carnieri.
A polícia afirma que Kevin é um dos diretores da empresa inglesa THG, a qual, em 2014, teve seu CEO James Sinton preso pela Instituição, envolvido na "máfia dos ingressos" da Copa do Mundo de 2014. No momento da prisão, Kevin estava com ingressos falsos e foi conduzido à delegacia. Ele foi autuado pelos crimes de associação criminosa, marketing por emboscada e facilitação de cambismo.
Quanto a Barbara, a polícia detalha que ela era funcionária da THG, contratada há 3 meses para atuar como intérprete nos jogos. Com base nas provas reunidas, ela foi atuada pelo crime de marketing por emboscada. Durante a ação, os policiais civis apreenderam mais de 1.000 ingressos que eram comercializados por valores altíssimos.
A Instituição esclarece que o NAGE foi criado pela Polícia Civil para atuar na repressão às infrações penais praticadas no Rio de Janeiro que guardem relação direta com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, p.ex., crimes contra a propriedade imaterial, consumidor, cibernéticos e fraudes. O órgão é composto pelas delegacias: DECON, DRCI, DDEF, DRCPIM, DDSD, DELFAZ e DPMA.
As investigações continuam em andamento na Delegacia de Defraudações (DDEF).
