Polícia

Comoção e revolta marcam enterro de adolescente morto após assalto na Barra

Publicado em 02/04/2017, às 09h01   Tamirys Machado


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O adolescente Claudson Alberto Silva Júnior, de 15 anos, vítima de assalto no bairro da Barra foi enterrado na manhã deste sábado (1) no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. O sepultamento foi marcado por comoção e revolta dos familiares e amigos que se despediram do estudante. A família não permitiu a presença da imprensa no sepultamento. Os profissionais, barrados pelos seguranças, acompanharam de longe o rito fúnebre. Estudantes do colégio Sesi, onde Claudson estudava estiverem presentes e junto com os familiares lotaram o cemitério para prestar a última homenagem ao garoto. Sob aplausos ele foi enterrado por volta das 10h30. 
Claudson Alberto Júnior foi atingindo por arma de fogo no peito e no ombro, durante assalto na noite de quarta-feira (29), na Rua Tenente Pires Ferreira. Ele foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permaneceu internado, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito, por volta das 5h20 desta sexta-feira (31).
No dia do crime, a vítima chegava da escola e, em frente ao Edifício Guarujá, onde residia, por volta das 20h30, foi abordado por dois homens que chegaram ao local em uma motocicleta e anunciaram o assalto. Um deles puxou a mochila do jovem, que se negou a entregar. Segundo testemunhas, houve luta corporal até Claudson sofrer coronhadas e ser baleado. Dos três tiros, dois atingiram o adolescente.
A 14ª Delegacia Territorial (DT/Barra) está à frente do caso. O fato dos assaltantes terem agido com capacetes dificulta o trabalho de identificação, mas as imagens da cena do crime estão sendo investigadas.
A amiga da família, professora Cristina Ribeiro falou com a reportagem do Bocão News e culpou os governantes pela falta de segurança na capital baiana. Revoltada, ela disse que o clima do sepultamento “foi horrível” e afirmou que faria um movimento para todos seus amigos votarem em branco nas próximas eleições. Para a professora a inércia dos políticos deixa a população a mercê dos bandidos e, em sua visão, as forças armadas deveriam agir na segurança pública da Bahia. “Essa violência ai a culpa é de vocês, não é desses bandidos não que mataram um inocente por causa de um celular e uma mochila, vocês são os culpados disso tudo. Cada hora a gente perde um ente querido. É um absurdo. Vocês não fazem nada. Se a policia não tem condições de proteger nós cidadãos, coloque as forças armadas. Afinal, serve para que? Para ajudar”, questionou.  
“Vocês, políticos, não têm vergonha na cara não?. É um absurdo. Toda hora morre uma pessoa por bobagem. Estou indignada, pode ser minha filha. Eu vou convocar um movimento que no dia das eleições ninguém vai votar em ninguém”, disse. 
Veja fotos do sepultamento na galeria. 
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Publicada originalmente em 1/04 às 11h01

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