Parentes de jovens mortos em Coité por policiais militares fazem manifestação

Quatro meses após a morte dos jovens Vitor Oliveira Silva, 17 anos, e Luiz Henrique Matos, 16 anos, moradores do distrito de Salgadália, em Conceição do Coité, realizaram um ato no qual pedem celeridade na resolução e julgamento do caso. Victor e Henrique foram baleados no dia 7/12/2016, após uma ocorrência policial, na rodovia que liga o distrito a sede do município, na altura da localidade chamada de Serrote.

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REENCONTRO

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Familiares, colegas, professores e diversos moradores foram ao local onde os corpos dos jovens foram encontrados e colocaram um cruzeiro em lembrança aos dois com pedido de justiça.

Há dois meses, uma manifestação foi realizada no centro da cidade coiteenses. 

O inquérito ainda não foi finalizado. Uma ação foi aberta na Corregedoria da Polícia Militar e encaminhada denúncia ao Ministério Público, contudo, não se tem notícia do processo.

Os jovens estavam em uma moto e foram abordados por policiais militares. Os agentes argumentam que, na época, haviam recebido uma denúncia de um assalto ocorrido nas redondezas e os motociclistas, ao avistarem o carro da polícia, na pista, teriam atirado contra eles e tentado fugir.

A versão da família é outra. Ambos haviam saído do colégio Antônio Ferreira, onde ajudavam a organizar os enfeites de Natal à noite, para participarem das festividades da Festa da Padroeira. Os professores confirmam a versão. Alegam que um deles estava na escola no dito momento do assalto, argumentado pela polícia.

Os familiares e amigos afirmam que os dois não eram envolvidos com drogas, assaltos e nunca tinham sido acusados de nada, inclusive sem passagem na polícia. Eles acreditam que os menores foram mortos por engano. 

Os policiais militares envolvidos na ocorrência, cujos nomes não foram divulgados, estão suspensos das atividades e esperam o resultado do processo da corregedoria. Além do julgamento administrativo da corporação, ambos poderão ser denunciados criminalmente na justiça comum com o fim do inquérito em andamento pela Delegacia Territorial de Conceição do Coité.

A área de atuação do caso é o 16º Batalhão da PM, sediado em Serrinha.