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Exclusivo: namorada de subtenente morto relata últimos momentos com o policial e pede por justiça

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Fabiano Fortuna morreu após ser baleado no estacionamento do Shopping Paralela  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal - Redes Sociais

Publicado em 02/10/2017, às 21h39   Tony Silva


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Ainda bastante abalada e revoltada com a morte do subtenente Fabiano Fortuna e Silva, 40 anos, a namorada dele, Milena Assunção procurou a reportagem do BNews para cobrar mais celeridade na prisão dos criminosos. Milena direcionou ao governador os pedidos por providências e também as Comissões de Direitos Humanos. “governador e Direitos Humanos, isso vai ficar assim? Tiraram a vida do meu amor, do policial e homem mais correto, honrado e honesto que eu já conheci”. 

Milena que é professora de educação, diz que por incentivo do namorado prestou concurso para a PM este ano. Ela também relatou que o subtenente Fortuna era apaixonado pela Polícia Militar.  “Em 25 anos de vida nunca conhecia alguém tão honesto quanto ele. Ele sempre me dizia, ‘minha filha o meu trabalho está acima de tudo, te amo, mas meu trabalho é a minha vida’”, relata a namorada do policial que também comentava com ele sobre os riscos. “Eu achava lindo a paixão dele pela PM e às vezes eu lhe perguntava se valia apena tanto risco. Ele dizia que sim, pois, não foi ele que escolheu a PM e sim a PM que escolheu ele. O maior sonho dele era a PM, ou seja, era dedicado de corpo e alma”.

Foto: arquivo pessoal - casal Milena e Fabiano no carnaval de Salvador 2017

A namorada de Fabiano Fortuna lamenta que todos os sonhos e planos construídos nos três anos de relacionamento foram brutalmente interrompidos. “Tínhamos três anos de relacionamento. Nos amávamos muito, tínhamos sonhos e planos e foram acabados por meliantes, vagabundos, desgraçados”.

A namorada diz que um dos momentos mais recentes vividos pelo casal que ficou na memória dela, foi quando o subtenente Fortuna chorou de felicidade por ter conseguido a chave do tão sonhado apartamento. “Ele havia feito um juramento, que aos 40 anos ele iria está morando em um lugar onde ele almejava, com uma estrutura melhor de moradia e de vida. Foi um dia antes da tragédia, que por uma simples saída para comprar um ar condicionado uns vermes, miseráveis, sem pudores e sem coração fizeram uma desgraça dessas”, desabafa.

Em uma foto enviada ao BNews Milena diz que foi o registro do último passeio do casal, no último domingo (24), em um restaurante no Subúrbio Ferroviário de Salvador. “No dia que fomos ao restaurante estávamos felizes porque havíamos comprado móveis e outros utensílios para a cozinha. Esse foi o nosso último passeio”.  

Foto: arquivo pessoal - último passeio do casal no Subúrbio Ferroviário de Salvador

Milena descreve como foi à quinta-feira (28), que mudou todos os planos do casal, quando Fabiano Fortuna foi assassinado. “Ele me ligou de manhã, meio dia almoçou comigo e depois foi resolver outras coisas. Ele não sacou dinheiro, ele saiu de casa e foi direto em um banco no CAB fazer pagamentos. Depois seguiu para o shopping para fazer pesquisa de preços de aparelhos de ar condicionado. Ele voltaria às 17 horas para junto comigo fazer orçamento do gesso, para o novo apartamento, quando aconteceu essa tragédia”, relata. 

Milena diz que nos últimos dias depois da perda de Fabiano Fortuna, tanto ela quanto a mãe do subtenente e outros familiares estão à base de calmante para conseguir dormir e mesmo assim a ficha ainda não caiu. “A gente ainda não está acreditando. A todo tempo penso que ele vai ligar, mandar mensagem que era o nosso hábito. Hoje foi um dia difícil porque ele trabalharia ontem,  e hoje de manhã retornaria para casa. Eu estava na casa da mãe dele, eu ela ficamos esperando ele voltar e ele não retornou. A afilhada e sobrinha de Milena, de quatro anos é uma das pessoas que mais está sentindo falta. “Ela olha para o céu e pergunta, a estrela ‘titio você está aí na estrelinha?’ E fica dando tchau para a estrela”, comenta. 

O BNews entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e foi informada que polícia segue com a investigação em sigilo e como prioridade para a prisão dos criminosos.

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