Polícia

Líder do BDM faturou mais de R$ 3 milhões com organização criminosa

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Venicius Barcellar, conhecido como "Fofão", é um líderes da facção criminosa Bonde do Maluco  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 10/10/2017, às 13h37   Diego Vieira


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Apontado como líder de uma organização criminosa, Venícius Barcellar Costa, o "Fofão", faturou mais de R$ 3 milhões em três anos com ações de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e assaltos a bancos na Bahia. Ele foi preso no dia 4 de outubro em São Paulo e apresentado na manhã desta terça-feira (10), na Coordenadoria de Operacões Especiais (COE), no Aeroporto Internacional de Salvador.

"Ele era a principal liderança do grupo. O Fofão era o articulador. Era ele que direcionava as ações tanto do tráfico, quanto da lavagem de dinheiro. Todos os bens que ele possui estão em nome de familiares e terceiros, que eram utilizados como laranjas da quadrilha. De 2014 prá, ele já faturou mais de R$ 3 mihões com essas ariticulações criminosas", declarou a delegada Andrea Ribeiro, coordenadora da Coordenação de Narcóticos do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).

Fofão estava sendo procurado pela polícia desde agosto deste ano, quando foi deflagrada a Operação Balão Mágico. Na época, dez integrantes da quadrilha foram presos, dentre eles, a mãe e o irmão do acusado. Maria Auxiliadora Bacellar Costa foi presa com o filho, Wagner Barcellar Costa, e o sobrinho, André Luís Bacellar da França, além de um cunhado de Fofão.

Ainda de acordo com a delegada, a quadrilha atuava em municípios da região metropolitana de Salvador. "Ele fornecia drogas principalmente para as cidades de Camaçari e Simões Filho. Inclusive, grande parte dos indivíduos presos em agosto tem residência fixa em Jauá e Vila de Abrantes, ambas as localidades pertencentes à cidade de Camaçari", disse.

Quadrilha

Os dez suspeitos estavam em casa nas cidades de Camaçari, Salvador e Aracaju (SE), quando foram surpreendidos pelos policiais. 

Além dos integrantes da família Barcellar, foram presos também Mariana Oliveira Costa, Geraildo Silva dos Santos, Daniela Santos Canuto, Caio Vinícius Nascimento Santos, e Sérgio de Jesus Lim; este último não era alvo da operação, mas estava com Geraildo quando os policiais chegaram e, por isso, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e tráfico de drogas.

Em Aracaju, os policiais capturaram Luís Henrique Oliveira de Freitas e Juliana Santos Teles da Silva. Todo esse grupo, exceto Sérgio, possuía mandado de prisão em aberto. 

Na época, foram apreendidos com a quadrilha 13 armas, entre elas um fuzil M15, de fabricação norte-americana, calibre 556, nove pistolas dos calibres 9 milímetros, ponto 40, 45 e 380 e três revólveres calibres 38.

A investigação sobre a família Bacellar e os outros suspeitos começou em abril deste ano. Fofão é o 3 de ouro do Baralho do Crime - ferramenta criada pela SSP com a lista dos bandidos mais procurados do estado.

Prisão

Venícuis foi preso no dia 4 de outubro, em São Paulo. De acordo com a coordenadora do Draco, a prisão ocorreu quando ele e mais três comparsas se preparavam para assaltar uma residência no bairro do Morumbi, na capital paulista. Na ação, ele trocou tiros com policiais e foi baleado nas costas. 

"Ele estava a bordo de um veículo roubado, prestes a assaltar uma mansão lá em São Paulo, quando foram abordados por policiais. Na ocasião, ele atirou contra os PMs e acabou sendo atingido por um tiro de fuzil e foi socorrido para o Hospital Bandeirantes, também em São Paulo", explicou a titular. "Inclusive, no momento da prisão ele estava em posse de uma pistola", completou.

Facção Criminosa

Ele também é apontado como um dos líderes da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM). Segundo a delegada, Venícius conhecia Diego Ferreira Figueredo, conhecido como "Açúcar", morto durante troca de tiros com a polícia na área do bambuzal do aeroporto da capital baiana, na tarde de segunda-feira (9).

"Durante a investigação chegou a informação de que Fofão e Acúcar [ Venicius e Diego] teriam participado de alguns roubos juntos, como à uma instituição financeira e uma mineradora, na cidade de Jacobina", declarou.

Diego voltava de São Paulo e tentou sair do aeroporto, quando foi interceptado por equipes da Força-Tarefa da Secretaria da Segurança Pública, Batalhão de Choque, Esquadrão Águia e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Um comparsa dele, que o recebeu em um veículo Agile branco, reagiu à abordagem policial.

A dupla foi atingida, socorrida para o Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos. Com eles foram apreendidas uma espingarda calibre 12 e uma pistola.

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