O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) voltou a ser alvo de ameaças. Agora, uma comunidade criada no site de relacionamentos Orkut prega a morte do parlamentar. De acordo com o apurado pela reportagem do Estadão, 20 usuários estavam cadastrados neste grupo até sexta-feira (16).
Entrevistado pela repórter do impresso paulista, Wyllys revelou que ajuizou uma ação contra a pessoa que é dona da comunidade. “Essa pessoa tem um site que prega pedofilia com meninas. Ajuizei no Ministério Público e enviamos uma carta do Google pedindo que o site fosse tirado do ar.”
O parlamentar baiano (eleito pelo Rio Janeiro) afirma ter recebido uma resposta ultrajante do grupo e, por isso, resolveu processar também o Google e o Orkut. “As pessoas que aderem a essa comunidade também podem ser acionadas por formação de quadrilha”, enfatiza o deputado.
A luta pela garantia de direitos dos cidadãos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e da liberdade de crença é apontada pelo parlamentar como a principal razão para as perseguições
Ainda de acordo com Wyllys, existe uma corrente fundamentalista cristã por trás desses ataques. “Não quero responsabilizar os cristãos em geral, mas se você olhar as biografias (dos donos da comunidades) tem sempre um cunho religioso fundamentalista”, pontua.
Internet
As sucessivas ameaças não mudaram a opinião do deputado sobre o uso da internet. “Não sou favorável a nenhum tipo de lei que restrinja a liberdade de expressão na internet. Sou absolutamente a favor de que a internet não seja terra de ninguém. As pessoas identificadas praticando crime de injúria, calúnia, difamação, ameaças de morte, incitação ao ódio, uma vez identificadas pela PF, elas têm que ser punidas assim como os pedófilos são punidos”, defende.
Foto: Agência Câmara
