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“Temos que dar uma resposta rápida", afirma Maurício Barbosa sobre morte de PM

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Secretário de segurança afirmou que autores já foram identificados  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 11/06/2018, às 17h26   Redação BNews


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O Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Teles Barbosa, afirmou que os autores da morte do policial militar, Gustavo Gonzaga da Silva, 44 anos, já foram identificados. O secretário recebeu a imprensa, na tarde desta segunda-feira (11), no Centro de Operações e Inteligência (COI) e explicou que algumas ações serão adotadas, principalmente, a ocupação ininterrupta do Nordeste de Amaralina.

“Temos que dar uma resposta rápida à morte do policial, desde a captura das pessoas que fizeram isso diretamente, mas quem também ordenou essa execução, em todas as lideranças do tráfico de drogas. A nossa ação será interrupta até como forma de dizer que ações como essas serão tratadas de forma prioritária, rápidas, céleres e dura por parte da polícia”, afirmou o secretário. 

Barbosa pediu serenidade à tropa e ressaltou que todas as ações devem ser coordenadas.  “Temos que ser diretos na prisão, na captura e entrega à Justiça e que seja cumprida a lei”.

O secretário destacou, ainda, que um dos maiores problemas da polícia é em relação à legislação. “O líder do tráfico [do Nordeste de Amaralina] saiu no indulto de Natal e nunca mais retornou, uma das principais lideranças do tráfico. Muitos outros foram presos, alguns foram até para presídios federais e acabaram retornando ao longo desses últimos anos e é o que a gente tem dito: muito se cobra da secretaria de segurança, das ações de polícia, mas, de fato, nós estamos trabalhando através de um sistema e um deles é a questão da legislação que, ao nosso ver, é muito fraca, permitindo que pessoas como essas, de altas ações danosas consigam trazer instabilidade social à população de bem, principalmente, a nós policiais que estamos aqui na linha de frente de enfrentamento”.

Financiamento habitacional

O fato do PM ter sido morto em Santa Cruz, no bairro em que cresceu e morava mesmo após entrar na corporação, acendeu outra discussão: o fato de policiais morarem em bairros considerados perigosos, onde são reconhecidos pelos bandidos. “Ele era morador de lá, gostava de morar lá e pelo que a gente sabe tinha algumas precauções”.

Barbosa também explicou que tem a intenção de retomar o financiamento habitacional para os policiais, mas afirmou que é contra a construção das vilas militares, até para dar ao policial a opção do lugar em que ele queira morar, inclusive, “de ele querer ou não morar onde foram criados, onde nasceram”.

Apesar do interesse da retomada do financiamento, o secretário explicou que o programa trazia para o Estado um prejuízo financeiro exacerbado na recuperação do dinheiro emprestado para os servidores públicos e, segundo a Secretaria da Fazenda, seria necessário reformular essa forma a forma de financiamento para o governo não ficar com o déficit.

O crime e o sepultamento

O cabo Gonzaga foi morto a tiros no bairro da Santa Cruz, em Salvador, na madrugada deste sábado (9). De acordo com a PM, o crime ocorreu no fim de linha da localidade, quando o carro em que o policial estava foi cercado por bandidos que fizeram disparos contra ele. A vítima reagiu, mas acabou alvejada e não resistiu aos ferimentos. Ele morreu no local do crime. 

Gonzaga foi sepultado na manhã deste domingo (10), no cemitério Campo Santo, na capital baiana. O ato fúnebre foi acompanhado por familiares, amigos e centenas de policiais - civis e militares -, consternados com a perda. Durante o sepultamento, os presentes no cortejo entoavam orações e o hino da Polícia Militar, interrompido apenas por uma salva de tiros.

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