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TJ obriga polícia a devolver armamento apreendido

Imagem TJ obriga polícia a devolver armamento apreendido
Armas, pólvora, munição, cartuchos e chumbo foram apreendidos em loja de Feira   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/10/2011, às 07h53   Redação Bocão News



O Tribunal de Justiça da Bahia julgou irregular a operação da Polícia Civil que apreendeu armas e munições em um Pet Shop de Feira de Santana no dia 18 de março do ano passado, e ordenou a devolução de todas as mercadorias ao seu proprietário Wallace na manhã desta sexta-feira (30).
De acordo com o advogado do estabelecimento, Francisco Holanda, a mercadoria será reposta ao estabelecimento comercial do seu cliente. O advogado alegou que a mercadoria é legitima e legal, assim como a loja. Holanda defende ainda que a empresa possui registros regulares no Exército Brasileiro e alvará de funcionamento da Prefeitura.
Na época da prisão do comerciante e apreensão do material, o advogado Francisco Holanda, informou que Wallas tinha autorização do Exército para venda de munição e era representante da empresa CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos).
O caso
Uma grande quantidade de munição, cartuchos, chumbo e pólvora foi apreendida pela Polícia Civil de Feira de Santana, em um depósito na Rua Campos Sales, bairro Ponto Central. A polícia considerou irregular o depósito clandestino e a venda dos produtos e apreendeu a mercadoria. 
No final da tarde, o dono do material, Wallas Oliveira de Almeida, 47, compareceu ao local e acabou preso em flagrante, pela venda da munição e também por desacato a autoridade. 
A polícia informou que quando Wallas chegou ao estabelecimento discutiu e jogou o carro contra os policiais que estavam na operação. Wallas alegou que o freio falhou. 
De acordo com a polícia, a venda da munição ocorria sob o disfarce de um Pet Shop, na Avenida Getúlio Vargas, a principal via da cidade, que começa no centro e percorre alguns bairros. Depósito e loja eram ligados internamente.
Segundo o coordenador da Polícia Civil em Feira de Santana, Fábio Daniel Lordello, a investigação obteve o registro de algumas transações comerciais anotadas em pedaços de papel e fax, chegando até ao valor de R$ 50 mil, o que demonstra o grande porte do empreendimento. Apesar de todo o material explosivo armazenado, que encheu um caminhão, as condições do depósito eram precárias. Sacos com pólvora e chumbo e caixas de munição empilhadas de qualquer modo, misturadas a outro tipo de mercadoria e colocadas diretamente no chão, sob a proteção unicamente de uma cobertura com telhas de zinco.
Muitas caixas de munição estavam expostas ao sol, na beira de uma escada que dá acesso ao segundo andar do prédio. Havia também tubos de pólvora em caixas identificadas externamente como lava-roupas. A reportagem do Bocão News tentou, sem sucesso, falar com o Tribunal de Justiça da Bahia. 
Foto e informações são do blog Central de Polícia

Classificação Indicativa: Livre

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