Polícia
Publicado em 24/09/2019, às 06h24 Monica Bergamo, Folhapress
A família de Ágatha Félix, menina de 8 anos morta por uma bala perdida durante ação policial no Complexo do Alemão, no Rio, recusou o auxílio da secretaria estadual de Vitimização —e não quer receber recurso de nenhuma espécie do governo.
A pasta, que atende familiares de vítimas da violência, diz que ofereceu-se para pagar o velório da jovem.
Danilo Félix, tio da garota, afirma que o enterro foi realizado com recursos da família e do jornal Voz das Comunidades: “Não queremos ajuda do governo.”
Organizações brasileiras farão um discurso contra a política de segurança do governador do Rio, Wilson Witzel, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, nesta terça (24). “Os alvos são sempre os mesmos: negros jovens e pobres que vivem nas favelas da cidade”, diz o texto.
“Pedimos à comunidade internacional que se manifeste contra esse banho de sangue racista”, segue o documento, assinado por Conectas, Redes da Maré e Justiça Global. O documento também critica o excludente de ilicitude que integra o pacote anticrime do ministro Sergio Moro, da Justiça.
O ministro Moro diz que a proposta trata de autodefesa e não tem relação com o assassinato de Ágatha. Witzel diz que ela morreu por culpa do tráfico e não de sua política de segurança.
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