Polícia

“A empresa só ajudaria em caso de morte com seguro de vida”, afirma Átila sobre sobrevivente de chacina

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O posicionamento dos aplicativos foi rechaçado pela categoria  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 16/12/2019, às 12h44   Aline Reis


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As chamadas que os motoristas de aplicativo, vítimas de chacina, receberam na última sexta-feira (13), no bairro da Mata Escura, foram realizadas por meio do app “99POP”. O único sobrevivente do crime recebeu uma ligação da empresa, que alegou que a “empresa só ajudaria em caso de morte com seguro de vida”. 

“O seguro de vida é de R$ 100 mil reais, que é muito pouco para uma vida e ele não pode receber nenhum apoio financeiro por que não morreu. Isso é um absurdo. O psicólogo que está tratando Nivaldo é de uma entidade que se sensibilizou, além de um psicanalista à disposição dele pelo sindicato”, revelou Átila Santana, presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA). 

A categoria rechaçou o posicionamento e promete se manifestar na sede tanto da 99POP como do Uber na tarde desta segunda-feira (16). 

Ainda de acordo com Átila, a principal culpada pela chacina é a empresa que não ofereceu segurança ao trabalhador. 
“A Uber, a 99POP colocou o trabalhador nas mãos de monstros. Eu chorei com a mulher de Genivaldo, ela disse que viu o marido todo cortado, que saiu de casa um homem carinhoso e honesto, voltou um homem esquartejado e o que acontece? A empresa não nota nenhuma diferença e não oferece nenhum respaldo para as famílias que eram sustentadas por essa atividade”, afirmou. 

Classificação Indicativa: Livre

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