Polícia

“Traz a impressão que ocorreu da forma como está ali”, diz Maurício Barbosa sobre morte de miliciano

Vagner Souza/ BNews
Secretário disse que prefere aguardar o término das perícias e investigação antes de tirar conclusões  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 17/02/2020, às 12h16   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


FacebookTwitterWhatsApp

O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (17) que a perícia e a investigação inicial sobre a morte do miliciano Adriano de Nóbrega dão a “impressão” de que o conteúdo dos autos é verdadeiro.

Segundo o secretário, os peritos contatados até o momento, que inclusive avaliaram a publicação da reportagem da revista Veja, indicam a reação de Adriano e morte em confronto com policiais. Nesta manhã, Maurício Barbosa participou do evento de apresentação do esquema de segurança no Carnaval de Salvador.

“ Tudo nos leva a crer que aconteceu da forma que aconteceu ali, pelos laudos que foram produzidos, pelo depoimento dos peritos que prestaram as informações quando contestados por fotos da revista Veja, e isso tudo no traz a impressão q ocorreu da forma como está ali descrito”, analisou.

Barbosa negou ainda que haja algum problema no uso de escudos balísticos, designados para o treinamento dos militares, na operação que visava a prisão do miliciano. O secretário ressaltou que os escudos “tem a mesma propriedade” de todos os outros, e que é melhor aguardar a perícia final do que “ficar criando uma série de argumentos”.

“São escudos que tem a mesma propriedade dos escudos que normalmente são utilizados [...] inclusive aqueles que servem também para as aulas ministradas pelo batalhão de operações. Agora é aguardar a realização da perícia para constatar efetivamente os tiros ali recebidos”, explica.

Adriano de Nóbrega foi morto no último dia 9, em uma operação que buscava a usa prisão. Ele estava em um sítio na cidade de Esplanada, de propriedade do vereador do PSL, Gilsinho de Dedé. O ex-PM é acusado de chefiar o "Escritório do Crime", e tem laços com o senador Flávio Bolsonaro.

De acordo com a SSP-BA, Adriano, que foi capitão do Bope no Rio de Janeiro, reagiu e disparou contra os policias, que precisaram se defender e o miliciano acabou morto. A esposa e o advogado do miliciano alegam que ele foi assassinado por "queima de arquivo".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp