Polícia

Operação investiga grupo que fraudava auxílio-doença em Salvador, Camaçari e Candeias

Dinaldo Silva/BNews
A ação, que aconteceu em conjunto com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 07/07/2020, às 13h05   Redação BNews


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O delegado Marcelo Siqueira, responsável pela Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da Polícia Federal (Deleprev), e coordenador da Operação Teia de Aranha, deflagrada na manhã desta terça-feira (7), concedeu uma entrevista para contar os detalhes das investigações. A ação, que aconteceu em conjunto com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa acusada de fraudar benefícios previdenciário no Estado da Bahia.  

“As investigações mostraram que o grupo criminoso agia aliciando pessoas que supostamente tinham doenças incapacitantes, e essas pessoas eram direcionadas para perícias médicas com médico integrante desse esqueça. E o médico em troca de propina, chancelava o afastamento dessas pessoas”, disse.

Ainda de acordo com Siqueira, o beneficiário pagava determinadas quantias em troca da ativação ou manutenção dos benefícios previdenciários. “Identificamos vários pagamentos em datas próximas das perícias, e tinha aqueles que pagam mensalmente. Em geral eram afastamentos temporários da espécie auxílio doença, mas podia evoluir para afastamento definitivo tipo aposentadoria por invalidez”. Em alguns casos, as aposentadorias chegavam ao teto máximo do INSS: R$ 5 mil reais.

Três pessoas foram alvos de medidas judiciais, um médico perito, que vai cumprir recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana, e outros dois servidores do INSS. No total, foram cumpridas 17 medidas judiciais nas cidades de Salvador, Camaçari e Candeias.

“O foco dessa fase está no grupo criminoso. Os beneficiários vão ser trazidos para investigação num próximo momento”, explicou o delegado. Sobre os integrantes da organização, Siqueira explicou que “eles vão responder diversos crimes desde estelionato previdenciário, corrupção ativa, passiva, por integrar organização criminosa e até mesmo por inserção de dados falsos no sistema de informação”, completou. 

Até o momento o prejuízo estimado é de 4 milhões - de 80 a 100 benefícios fraudados -, mas segundo a Polícia Federal, até o final da investigação esse número pode ser multiplicado por quatro ou cinco. 

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