Polícia

Busto de Mãe Gilda é apedrejado e suspeito é preso em Itapuã

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A causa do crime teria sido intolerância religiosa  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Instagram

Publicado em 15/07/2020, às 21h50   Redação BNews


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O Busto de Mãe Gilda, instalado no Parque do Abaeté, em Itapuã, foi atacado nesta quarta-feira (15). A obra foi apedrejada e o suspeito preso em flagrante. A causa do crime teria sido intolerância religiosa. Em 2016, a peça teve que ser reinaugurada após depredações feitas pelo mesmo motivo.

O Terreiro Axé Abassá de Ogum, fundado por Mãe Gilda, denunciou o ataque através das redes sociais. “Em meio a uma pandemia mundial, choramos e gritamos mais uma vez diante o ódio e do racismo religioso. Mais uma vez o busto de Mãe Gilda, localizado no Parque do Abaeté, em Itapuã, foi violado por meio de um apedrejamento. Importante dizer que esse monumento não é apenas uma memória para lembrar uma grande ancestral, mas, acima de tudo, é um marco na luta contra o racismo religioso em nosso país. No ato, o vândalo foi preso em flagrante”, disse a entidade.

Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000 por problemas cardíacos que teriam sido causados após a religiosa ser atacada dentro do terreiro e ser chamada de charlatã em uma publicação evangélica. Antes, também foi agredida fisicamente por fiéis que jogaram a Bíblia nela. 

“Mais uma mulher negra assassinada pelo ódio! Mais uma candomblecista tendo seu corpo violado. Destacamos isso porque não choraremos no silêncio de nosso(s) terreiro(s), mas gritaremos até que seja feita justiça! Um ato de vandalismo, ódio religioso, racismo sob a justificativa de que foi a “mando de Deus”. Nosso Deus, Olodumarè, jamais nos ensina a tais atos! Na força ancestral de Ogum não voltaremos aos guetos religiosos, escondendo nossa fé!”, concluiu o terreiro.

O Busto de Mãe Gilda, localizado na lagoa do Abaeté, foi reinaugurado em 2016 após depredações realizadas por racistas religiosos. O autor foi preso em flagrante e conduzido à Central de Flagrantes de Salvador. ✴✳✴✳ Hoje no dia 15 de julho de 2020, em meio a uma pandemia mundial, choramos e gritamos mais uma vez diante o ódio e do racismo religioso. Mais uma vez o busto de Mãe Gilda, localizado no Parque do Abaeté, em Itapuã, foi violado por meio de um apedrejamento. Importante dizer que esse monumento não é apenas uma memória para lembrar uma grande ancestral, mas, acima de tudo, é um marco na luta contra o racismo religioso em nosso país. No ato, o vândalo foi preso em flagrante. Mãe Gilda que foi morta após diversos ataques à pessoa dela e ao terreiro de seu zelo, o Axé Abassá de Ogum (Itapuã), veio a óbito em 21 de janeiro de 2000, após ter uma foto sua publicada pela Igreja Universal fazendo uma oferenda com uma tarja preta nos olhos. A notícia do Jornal Universal chamava Mãe Gilda de charlatã. Em outros momentos, ela foi agredida com cristãos usando suas bíblias para agredi-la fisicamente. Mais uma mulher negra assassinada pelo ódio! Mais uma candomblecista tendo seu corpo violado. Destacamos isso porque não choraremos no silêncio de nosso (s) terreiro (s), mas gritaremos até que seja feita justiça! Um ato de vandalismo, ódio religioso, racismo sob a justificativa de que foi a “mando de deus”. Nosso Deus, Olodumarè, jamais nos ensina a tais atos! Na força ancestral de Ogum não voltaremos aos guetos religiosos, escondendo nossa fé!

Uma publicação compartilhada por Axé Abassá de Ogum (@axeabassadeogum) em

Classificação Indicativa: Livre

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