Polícia

PF cumpre mandado em apartamento de advogado durante operação contra tráfico de armas

Magna Santana
As investigações apontam que os armamentos eram importados do Paraguai pelos investigados   |   Bnews - Divulgação Magna Santana

Publicado em 29/07/2020, às 12h41   Redação AjuNews



A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (29) a Operação Mercado das Armas e cumpre 25 mandados contra suspeitos de integrarem grupo especializado na prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios em Sergipe e outros seis estados. As investigações apontam que os armamentos eram importados do Paraguai pelos investigados, e contavam com o auxílio de atravessadores paraguaios para trazê-los ao Brasil.

A ação é coordenada pela polícia do Paraná e cumpre um mandado de busca e apreensão em Sergipe. A medida foi cumprida no apartamento de um advogado, no condomínio Praias do Tahiti, no bairro 13 de Julho, em Aracaju. No local, foram vistas duas viaturas nesta manhã. Além de Sergipe e Paraná, os mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva também são cumpridos Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Cerca 130 policiais federais cumprem as medidas judiciais expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou a atuação de suspeitos nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, que atuavam em associação na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios, que teriam como destino estados brasileiros. Foram realizadas apreensões de armas de fogo e acessórios, escondidos dentro de equipamentos, como rádios, climatizadores e panelas elétricas, que eram remetidos e transportados pelos Correios e por transportadoras privadas.

A polícia detalha que um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelos investigados é o denominado Kit Roni que, em um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft, era transformado para uso com armas de fogo e munições reais, tornando o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas.

A importação do acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados poderão ter penas de até 12 anos de prisão.


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