Polícia

Onze ex-nadadoras denunciam assédio e abuso sexual de presidente de federação de natação

Reprodução/ Facebook
Bnews - Divulgação Reprodução/ Facebook

Publicado em 19/12/2020, às 17h05   Redação Bnews


FacebookTwitterWhatsApp

Um técnico de natação da região norte do país está sendo acusado de assédio e abuso sexual de pelo menos 11 nadadoras entre 2008 e 2017. O caso foi revelado com exclusividade pela CNN Brasil neste sábado (19). Segundo a denúncia das atletas, o atual presidente da Federação Amazonense de Desportos Aquáticos (Fada), Vitor Hugo Lopes Façanha, conhecido como "Botinho”, cometeu os crimes quando elas ainda eram crianças e adolescentes. 

De acordo com a publicação da CNN, sob a condição de terem as imagens preservada, as mulheres contara que dos 12 anos de idade em diante tiveram suas partes íntimas do corpo tocadas, foram pressionadas na parede para serem beijadas, eram assediadas com pedidos de fotos íntimas e para terem relações sexuais na casa do treinador. 

O grupo disse que não denunciou os casos antes por medo da reação dos familiares e da influência de Botinho, que cultivava a confiança das famílias. Mesmo fazendo parte da mesma equipe de treino, as vítimas não sabiam que outras meninas também passavam pelas mesmas situações. 

Hoje, as ex-nadadoras dizem ter a certeza de que há dezenas de outras meninas que foram vítimas do treinador. Das 21 ex-atletas ouvidas pela reportagem, 10 delas disseram que nunca sofreram qualquer tipo de violência. Uma delas 

Botinho possui dezenas de títulos regionais e nacionais e, até o começo do ano, era treinador da modalidade esportiva no Centro Educacional La Salle, um tradicional colégio de Manaus. Ele também era o responsável também por recrutar e oferecer bolsas de estudo para atletas com potencial para serem campeões.

"Dos meus 12 aos 14 anos aconteceram várias coisas. Nós éramos todos bem novinhos. Teve uma época que ele trocou de carro, aí dava carona para todo mundo e, às vezes, até para as mães. Só que quando iam só as alunas, ele ficava com graça e aí pegava na perna, pegava no braço. E aí ele deixava todo mundo e me deixava por último. Quando ele me deixava, eu ficava meio tensa... Com 14 anos. Porque ele pegava nas minhas partes íntimas.", disse uma das vítimas, hoje, com 20 anos.

O suspeito negou todas as acusações à CNN. Ele disse que durante 43 anos como treinador foi responsável por mais de dois mil atletas e que só teve um único episódio de problema com nadadora, que está correndo em segredo de justiça no Amazonas, e que nunca tocou ou teve qualquer tipo de relacionamento que não fosse além da relação treinador com suas alunas.

“Se te falaram, é a palavra deles contra a minha. Pessoas que te falaram isso aí, assim como algumas te disseram alguma bobagem, alguma mentira, outros negaram. Isso aí, inclusive as caronas que eu dava,os pais sabiam disso. Se tivesse tido algum problema, elas teriam falado com os pais e os pais teriam vir me falado. Nada nunca foi relatado”, alega Botinho.  

Matéria relacionadas:

Caso Ângela Diniz: Assassino de socialite, Doca Street, morre aos 86 anos

Mulher é agredida pelo marido no Santo Antônio Além do Carmo neste sábado

Motorista de aplicativo cria central para rastrear corridas e consegue evitar mais de 30 assaltos; assista

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp