Polícia

Moradora do Villa Privilege é furtada dentro de apartamento e pede ressarcimento à administração do condomínio

Reprodução/ Google Maps
Gestão argumentou que é apenas responsável pela segurança da parte externa do local que possui cinco torres de 33 andares  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Maps

Publicado em 12/01/2021, às 18h22   Nilson Marinho


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Uma moradora da torre três do Condomínio Villa Privilege teve, há 15 dias, R$ 1,7 mil levados de seu apartamento enquanto dormia. A visita não esperada entrou na residência pela porta da frente, por volta das 1h, e subtraiu a quantia e documentos que estavam em uma bolsa deixada na sala de estar pela proprietária. Agora, a vítima pede à administração do condomínio o ressarcimento do valor, embora a gestão argumente que é apenas responsável pela segurança da parte externa do local que possui cinco torres de 33 andares.

Ao Bnews, a moradora, que preferiu não se identificar, disse que, antes do furto, a sua filha, de 22 anos, estava na sala de casa quando escutou “barulhos estranhos” vindos do corredor do andar em que moram. Assustada, a moça deixou o espaço e resolveu dormir no quarto da mãe. As duas acreditam que o suspeito entrou no apartamento logo em seguida.

A porta da residência não estava trancada, além do mais, o cão família, que poderia evitar o furto, sofre com traumas e teme a presença de humanos desconhecidos, o que facilitou ainda mais a entrada do suspeito.

“As luzes do corredor acendiam e apagavam como se alguém estivesse indo e voltando. A pessoa também fazia barulho do lado de fora para assustar a minha filha para que ela fosse dormir, já com a intenção de entrar no apartamento. O nosso cachorro não reagiu porque tem medo de pessoas, sobretudo de homens, ele pode ter fugindo quando o viu. No dia seguinte, quando fui procurar o dinheiro para pagar algo que encomendei, percebi que o valor já não estava mais em minha bolsa”, conta a mulher.

A vítima acredita que o responsável pelo furto seja alguém próximo, uma pessoa que conhecia a rotina da família e que tinha fácil circulação no andar. Ela tem, inclusive, especulações em relação a identidade do suspeito. A administração do condomínio afirmou à moradora, após analisar imagens de câmeras de segurança, que, naquela madrugada, ninguém acessou o andar pelo elevador, único espaço vigiado pelos aparelhos, além das áreas comuns, o que reforça ainda mais a tese de que o inimigo morava ao lado, ou, nesse caso, no mesmo andar. 

“Quando eu fui ao síndico, ele me disse que não se responsabilizava por isso e que a administração era apenas responsável pela segurança das áreas externas. Disse também que não poderia me ressarcir. O caso ficou por isso mesmo”, completa. 

A advogada Taís Marcondes explica que, de fato, o condomínio não pode se responsabilizar por um "descuido do morador". Em regra, a responsabilidade seria apenas das áreas comuns a todos os condôminos.

"Se nesse caso ela desconfia ou sabe que foi alguém próximo, o condomínio não pode ser responsabilizado. O que o condomínio pode ceder são imagens das câmeras de segurança, informações possíveis sobre o trânsito das áreas comuns. Foi dentro da unidade da vítima, ela não trancou a porta e o condomínio não pode ressarci-la porque, nesse caso, foi falta de cuidado", explica. 

Um boletim de ocorrência virtual foi realizado pela vítima, que espera que as investigações possam ajudar na identificação do responsável pelo furto. A reportagem tentou contato com a administração do Villa Privilege através de um número disponibilizado pela moradora, mas a gerência não atendeu as ligações

Classificação Indicativa: Livre

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