Família acusa polícia de executar jovem em Camaçari; PM diz que houve confronto

Familiares do jovem Ruan dos Santos, de 19 anos, morto durante uma ação da Polícia Militar, acusam policiais de executá-lo.

O caso aconteceu na tarde do último domingo (31), na localidade conhecida como Buri, na cidade de Camaçari, quando, segundo a família, ele ia para a casa da namorada.

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A PM afirma que uma guarnição do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Camaçari) foi acionada para a localidade após denúncia de porte de arma e tráfico de drogas.

"Durante rondas e incursões na região, os policiais foram recebidos a tiros por um homem armado na via pública, onde houve o revide e terminou com o indivíduo alvejado", diz a nota.

Vizinhos que afirmam ter visto o fato relatam que ele caminhava, quando foi alvejado pela guarnição da Polícia Militar. A vítima foi levada para o Hospital Geral de Camaçari, mas não resistiu aos ferimentos.

A  polícia diz ainda que foram apreendidos em posse do jovem uma pistola calibre .380, acompanhada de um carregador e quatro munições do mesmo calibre; uma balança eletrônica; um pacote com 100 pinos para embalar drogas; quatro papelotes de maconha, 41 embalagens contendo crack e, nove, contendo cocaína.

A família nega a versão da PM. Em um áudio gravado às vésperas do fato, Ruan, que não possuía passagem pela polícia e tinha o sonho de ser vaqueiro, aparece pedindo 250 reais ao pai para participar de uma vaquejada.

"Se o meu filho fosse traficante, teria dinheiro. Como é que um traficante não vai ter dinheiro pra ir pra uma vaquejada, vai precisar pedir emprestado pro pai? Como é que um traficante vai pedir dez reais emprestado pra tia pra cortar cabelo?", contestou o pai do jovem, em entrevista à Record TV Itapoan, nesta quinta-feira (4).

A ocorrência foi lavrada na Corregedoria Geral da Polícia Militar.