Polícia

Caso Henry: pai de Dr. Jairinho não entrega celular porque aparelho foi apreendido pela PF

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Todos estavam dormindo, esboçaram surpresa com a presença dos agentes   |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Jornal Extra

Publicado em 27/03/2021, às 15h43   Redação BNews


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Pai do médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), o ex-deputado Coronel Jairo não teve seu celular apreendido nesta sexta-feira (26) pela 16ª DP (Barra da Tijuca) do Rio de Janeiro (RJ). A polícia fez buscas e apreensões nas residências da mãe do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, que morreu no dia 10, e de Dr. Jairinho, que era padrasto da criança.

O parlamentar alegou ao delegado Henrique Damasceno, titular da distrital, que o aparelho já havia sido levado por agentes da Polícia Federal durante a operação Furna da Onça, uma das fases da Lava Jato no Rio, em 2018, quando foi preso, segundo o jornal Extra.

Coronel Jairo foi quem abriu a porta para Henrique e outros dois policiais da 16ª delegacia. Na madrugada da Furna da Onça, em novembro de 2018, ele se internou em um hospital particular na Barra da Tijuca, onde foi preso suspeito de participação no 'mensalinho' da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Segundo o Ministério Público Federal, o esquema movimentou R$ 54 milhões em pagamentos para que deputados votassem com o governo.

De acordo com as investigações, a organização criminosa, chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral, pagava propina a vários deputados estaduais, de modo que patrocinassem interesses do grupo criminoso na Alerj. O “mensalinho” era resultado de sobrepreço de contratos estaduais e federais. De forma ilícita, os parlamentares eram beneficiados ainda com o loteamento de cargos em diversos órgãos públicos do estado, como o Detran, onde poderiam alocar mão de obra comissionada ou terceirizada.

A busca e apreensão feita pela 16ª delegacia na sexta-feira ocorreu em três endereços ligados a familiares do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morto na madrugada do último dia 8. Na casa de coronel Jairo — onde mora atualmente Jairinho, padrasto da criança, sua mãe e sua irmã — foram encontrados cinco celulares e um laptop. Todos estavam dormindo, esboçaram surpresa com a presença dos agentes e concordaram em fornecer as senhas para desbloqueio dos aparelhos.

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